Empréstimo para BNDES não terá impacto forte na dívida pública, diz coordenador



O empréstimo de R$ 80 bilhões em títulos do Tesouro Nacional para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não terá impacto significativo na dívida pública, disse na terça-feira (20) o coordenador de Operações da Dívida Pública, José Franco de Morais. Segundo ele, a transação não influenciará negativamente a dívida porque já está prevista no planejamento do governo para 2010.

“Não haverá impacto forte nas variáveis, porque as emissões para o BNDES já estão previstas no PAF [Plano Anual de Financiamento], divulgado no início do ano”, disse Morais. O Tesouro Nacional, acrescentou ele, fez simulações de emissão que não apontaram nenhuma elevação significativa na proporção entre a dívida pública e o Produto Interno Bruto (PIB).

Anunciado no fim do ano passado, o empréstimo de R$ 80 bilhões para o BNDES até agora não foi realizado. O dinheiro será usado para o banco ampliar as linhas de crédito para a aquisição de máquinas e equipamentos, prorrogadas para dezembro. Segundo Morais, o Tesouro e o banco ainda estão negociando os termos do acordo do empréstimo. “A emissão tem de atender tanto a estratégia de financiamento da dívida pública e as necessidades do BNDES”, explicou.

O coordenador de Operações da Dívida Pública disse que as emissões provavelmente seguirão os mesmos moldes do empréstimo de R$ 100 bilhões realizado no ano passado. Os títulos serão emitidos em parcelas para o banco, que revenderá os papéis no mercado e usará o dinheiro para ampliar o capital.

A participação de estrangeiros na dívida pública interna voltou a bater recorde em março. Segundo o Tesouro, a proporção de investidores externos passou de 8,75% em fevereiro para 8,87% no mês passado. Em valores absolutos, a fatia dos aplicadores internacionais na dívida federal interna subiu de R$ 118,3 bilhões para R$ 121,5 bilhões.

De acordo com Morais, os investidores externos estão diversificando as aplicações em papéis brasileiros. “Tradicionalmente, os não residentes aplicam em títulos prefixados [com juros definidos antecipadamente] de longo prazo, mas muitos aplicadores estrangeiros têm optado por papéis prefixados de curto prazo e por títulos vinculados a índices de preços.”

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Fonte:
Agência Brasil

 



12/08/2010 03:40


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