Energia eólica no Brasil deve crescer 600% em três anos



A energia eólica ocupa a condição de fonte renovável com maior potencial de crescimento no Brasil entre os anos de 2011 e 2014, segundo cálculos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério de Minas e Energia. O País conta atualmente com 1.000 megawatts instalados. Os estímulos governamentais ao setor, aliados ao mecanismo de leilões de energia realizados nos últimos anos, podem levar o Brasil a atingir, até 2014, a capacidade instalada de 7.000 megawatts de energia eólica. Isso representa um crescimento de 600% em relação a 2011.

O aumento da participação da energia eólica no total gerado em território brasileiro contribui para manter a matriz limpa e fortalecer a economia de baixo carbono, avalia o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim. “Além de ampliar a produção, os leilões proporcionaram ao Brasil contratar a energia eólica ao menor preço entre todos os países do mundo”, afirma.
O diagnóstico de potencial eólico no País chega a 130 mil megawatts, se considerados os geradores de 70 metros de altura. Alguns estudos apontam que no caso do uso dos novos geradores de 100 metros de altura, esse potencial poderá dobrar.

O modelo energético do Brasil, baseado em energias renováveis, ganhará mais força com o crescimento do uso da energia eólica, tendo em vista seu caráter complementar à base hidrelétrica da matriz brasileira. Quando os parques eólicos estão gerando energia, é possível estocar água nos reservatórios. Quando diminuem os ventos, a água acumulada no reservatório gera energia nas usinas hidrelétricas. Nesse ciclo, a produção é sustentável e apresenta baixos índices de emissões.

Leilões

A energia eólica experimenta uma rápida expansão no Brasil desde a adoção, em 2009, dos leilões pelo menor preço para a contratação de projetos de geração de energia eólica. Os primeiros projetos do setor foram impulsionados a partir de 2004, com o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), que contratou energia proveniente de 54 parques eólicos com preços subsidiados.

De 2005 em diante, quando foi instaurado o Novo Modelo do Setor Elétrico Brasileiro, o País adotou o modelo de leilões pelo menor preço para a contratação de projetos de geração de energia elétrica. Contudo, até 2008, os projetos eólicos apresentavam baixa competitividade frente às demais fontes.

Apenas em 2009, quando o Governo Federal realizou um leilão exclusivo para a fonte eólica, com regras de remuneração específicas, o setor se tornou competitivo. Desde então, a geração originada pelos ventos tem se destacado nos leilões.





25/11/2011 10:33


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