Ensino: ato público em Capão da Canoa reúne 500 representantes do litoral



Chegou a 500 o número de participantes do ato público que ontem(21), em Capão da Canoa, pela unificação do calendário escolar em benefício dos municípios do Litoral gaúcho.

O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Sérgio Zambiasi, participou do evento que teve início às 19h, superlotando a sede da SACC (Sociedade dos Amigos de Capão da Canoa). Também compareceram os deputados estaduais Germano Bonow e Ciro Simoni, o deputado federal Edir Oliveira, prefeitos e representantes de entidades do comércio e rede hoteleira de todos os municípios que integram o Litoral Norte.

O objetivo do ato é fazer com que escolas públicas e particulares tenham o mesmo período de ano letivo, evitando que muitos educandários recomecem as aulas no mês de fevereiro, em plena temporada de veraneio. Essa situação tem causado sérios prejuízos ao Litoral gaúcho que depende dos meses de verão para a sobrevivência econômica da baixa temporada que corresponde a 10 meses do ano.

A ação é uma iniciativa do prefeito de Capão da Canoa, Oscar Birlen, com o apoio da Assembléia. O movimento reivindica que as escolas gaúchas voltem a reiniciar o ano letivo sempre na primeira semana de março. Nesta semana, prefeitos e secretários municipais de educação estiveram reunidos para elaborar um documento contendo os principais itens da proposta, que foi entregue a Zambiasi ontem.

Região sofre prejuízo

Nos últimos dias, Zambiasi fez uma série de contatos com representantes de entidades comerciais, industriais e rede hoteleira do Litoral e comprovou as dificuldades que esses setores estão passando.

De acordo com os relatos feitos ao presidente da Assembléia, os comerciantes do litoral estimam que cada dois dias de alta temporada signifiquem, em termos de movimentação econômica, um mês inteiro de inverno. No verão deste ano a crise foi agravada pela ausência de turistas argentinos.

Os efeitos de uma temporada de baixa movimentação são sentidos pela população permanente do Litoral. Além de não conseguir reserva financeira para passar o ano, os habitantes do Litoral Norte acabam pagando mais caro pelos produtos essenciais consumidos no dia-a-dia e vendidos pelo comércio local.




03/22/2002


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