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Escola da Família treina futuros educadores

Trabalho é realizado por universitários bolsitas na rede de ensino estadual e municipal

O Programa Escola da Família da Secretaria da Educação transforma, nos fins de semana, escolas estaduais em centros de convivência, com atividades direcionadas às áreas esportiva, cultural, de saúde e de trabalho. Os universitários-bolsistas monitoram brincadeiras, ações de prevenção em saúde, cursos de dança, música, informática e de idiomas, aulas de cerâmica e pintura, entre outros.

• Programa muda a vida e o destino de alunos pobres

Desenvolvido pela Secretaria da Educação em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o programa funciona nas 91 Diretorias de Ensino, em 2.334 escolas em todo o Estado de São Paulo. Conta com a participação de mais de 4 mil profissionais da Educação e 18 mil estudantes universitários (bolsistas).

“É uma oportunidade excelente para os universitários que desejam trabalhar com Educação”, analisa Beethoven Justino Campos, estudante de Administração e coordenador da escolinha de futebol da Escola Estadual Província de Nagasaki, localizada na zona norte de São Paulo.

Para a universitária Fabiana Nicolau, a notícia de que trabalharia no Escola da Família foi um presentão. “Faço aniversário em 5 de março e no dia anterior recebi a confirmação de que participaria do projeto. Eu estava desesperada, pois cursava a faculdade e tinha perdido o emprego”. Hoje, a jovem trabalha no projeto na Escola Estadual Pedro Alexandrino e faz planos para o futuro. “Mesmo após a formatura, vou trabalhar como voluntária, como faz o meu colega Daniel Rios, que atuou no Escola da Família por quatro anos e continua até hoje no Pedro Alexandrino”.

Os participantes do programa cumprem jornada nos estabelecimentos de ensino nos finais de semana. Em troca, recebem bolsa integral na universidade. O governo do Estado paga 50% da mensalidade com teto de R$ 267. A instituição privada completa o valor, chegando à bolsa integral.

“Comecei no Escola da Família como voluntário. O estímulo dos colegas e dos coordenadores fez com que eu prestasse vestibular para Jornalismo. Hoje, curso faculdade e tenho até um site (www.nazonanorte.com.br) no qual insiro notícias sobre o projeto no Pedro Alexandrino. A experiência adquirida aqui melhorou a minha vida. A ajuda da bolsa fez com que eu conseguisse realizar o meu sonho”, afirma Luiz Carlos Alves Junior, responsável pela oficina de teatro do Pedro Alexandrino.

Comprometimento – Sueli Gonçalves, da Diretoria de Ensino-Norte 2, telefona pessoalmente para dar a boa notícia aos selecionados. “Faço questão de avisar que o estudante foi contemplado. Do outro lado da linha, ouço gritos e choradeira de felicidade, essa é a melhor parte do projeto.” A prática conta com o apoio de Marilda Gamell, supervisora de ensino da Diretoria de Ensino-Norte 2. “Ficamos emocionados e aprendemos muito com a felicidade do próximo”.

Adail Lopes, educador profissional do Escola da Família da EE Pedro Alexandrino, salienta que o candidato que se inscrever no projeto deve ter perfil para trabalhar com o público. “Ele não pode preocupar-se somente com o benefício da bolsa. Precisa ter espírito de cooperação, porque trabalhamos em equipe e a comunidade é a maior beneficiária”.

Flávio Figueiredo sabe bem o que é comprometimento com a iniciativa. Há três anos no Escola da Família, na Província de Nagasaki, sai pela comunidade para angariar recursos para organiza eventos em benefício do estabelecimento de ensino. “Aqui é preciso aprender a ter comprometimento com a comunidade e com o projeto”, ressalta satisfeito.

Como participar

Esse ano, a Secretaria da Educação ofereceu 5 mil vagas para estudantes universitários oriundos de rede pública participarem do Programa Escola da Família. O prazo de inscrição (pelo site www.escoladafamilia.sp.gov.br) terminou no dia 10 de julho. Para concorrer, os candidatos precisariam ter concluído o ensino médio na rede pública paulista (estadual ou municipal), estar matriculados em curso de graduação de uma das 242 instituições de ensino conveniadas com a Secretaria da Educação e não receber outro benefício para custeio da mensalidade do curso superior. Os novos integrantes iniciarão suas atividades no dia 2 de agosto. Para saber quais as instituições de ensino conveniadas com a secretaria, consulte o site www.escoladafamilia.sp.org.br.

Da Agência Imprensa Oficial

(M.C.)

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