Especialistas avaliam a possibilidade criar Laboratório Nacional na Plataforma Oceânica
A criação de um Laboratório Nacional na Plataforma Oceânica Brasileira é o tema principal de workshop que reúne, até esta terça-feira (22), um grupo de especialistas da área e representantes de universidades, de instituições de pesquisa e da Marinha.
A ideia é discutir sobre as pesquisas oceanográficas que poderiam ser feitas no ambiente de uma plataforma oceânica e que possam subsidiar a elaboração de uma proposta para a criação da unidade.
Nesta segunda-feira (21), o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, participou, da abertura do encontro na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), em Brasília (DF).
Segundo o ministro, a intenção é, a partir da avaliação dos pesquisadores, elaborar um plano de estudos para os próximos 10 anos.
“Chamar a atenção do mundo para o fato de que o Brasil tem uma atitude diferente em relação ao oceano faz todo sentido. Transformar uma plataforma que só tira petróleo numa plataforma que produz conhecimento, devolve ao mar uma parte daquilo que tirou, faz todo sentido; mas é preciso fazer sentido acadêmico e de pesquisa”, ressaltou o ministro.
Uso de plataformas desativadas
Mercadante apresentou um estudo da Petrobrás que aponta para a possibilidade de aproveitamento de plataformas desativadas. O equipamento seria adaptado para atender às necessidades de pesquisa.
O objetivo é que o laboratório funcione de forma integrada e compartilhada. “Essa plataforma oceânica seria um laboratório multiuso. Os alunos poderiam fazer estágio, as equipes de pesquisa poderiam utilizá-lo dentro de um sistema de gestão de rede. Seria uma forma também de aproximar mais as escolas de oceanografia”, enfatizou.
De acordo com o ministro, grandes empresas que atuam no setor de petróleo e gás estão dispostas a participar da iniciativa. A partir do resultado do workshop, com a aprovação do grupo, será realizada uma reunião para tratar sobre os detalhes do projeto. Mercadante calcula que seria necessário o prazo de um ano e meio de trabalho para fazer as adaptações.
Para o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped/MCT), Carlos Nobre, que participou da abertura, é preciso avaliar as possibilidades e as oportunidades com a viabilização da plataforma. “É uma coisa inovadora. Precisamos pensar em coisas que nunca foram pensadas e fazer coisas que nunca foram feitas”, destacou.
Fonte:
Ministério da Ciência e Tecnologia
21/02/2011 20:23
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