Estação Ecológica realiza monitoramento de onças-pintadas



O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) por meio do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (CENAP) e da Estação Ecológica (Esec) de Taiamã, acaba de realizar uma campanha de captura das onças-pintadas no interior da unidade de conservação. Localizada em região alagada no norte do Pantanal, o acesso é realizado somente por via fluvial, atraindo turistas brasileiros e estrangeiros com o objetivo de observar e fotografar os animais.

Esta etapa faz parte do projeto Ataques de Onça-Pintada a humanos no Pantanal Norte, que tem o objetivo de fazer uma avaliação das causas e consequências à população silvestre e humana. O projeto busca informações sobre o felino na região da UC, visando minimizar conflitos existentes, visto que dois ataques a humanos ocorreram nos últimos anos, sendo um deles muito violento e outro letal, além de uma onça que foi encontrada decapitada.

A metodologia de captura ocorre através de laços, um método seguro e eficaz, o qual já possibilitou a captura de dezenas de animais em diferentes regiões do Brasil. Sediados na UC, a equipe de pesquisadores foi composta por servidores do CENAP, da Esec de Taiamã e da Universidade Federal de Viçosa, além de uma equipe de reportagem que acompanhou o trabalho de captura. Foram capturadas três onças-pintadas, sendo duas fêmeas e um macho. Os rádios-colares instalados nos animais enviam informações (coordenadas geográficas, temperatura, dentre outros) via satélite, sendo que os pesquisadores recebem as informações via internet.

Durante todo o procedimento sobre os animais, foram monitorados os sinais vitais, coletados dados biométricos e materiais biológicos que permitirão a realização de estudos e análises genéticas, sanitárias e comportamentais, que por sua vez poderão fornecer dados para a elaboração de protocolos de manejo da espécie na região.

Para o chefe da Estação Ecológica de Taiamã, Daniel Kantek, com a colocação desses rádios-colares será possível monitorar o deslocamento dos felinos. "Assim poderemos definir à área de vida, bem como obter outras informações importantes sobre a biologia desta espécie na região de estudo." relata Kantek. Além disso, segundo o chefe do CENAP/ICMBio, Ronaldo Morato, os dados obtidos poderão servir de subsídio para a ampliação da UC.

Fonte:
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade



31/10/2013 17:07


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