Estado investe R$ 4,8 milhões em jardins do Tietê
Desde dezembro do ano passado estão sendo replantadas 14 mil mudas de árvores
O Governo do Estado está investindo R$ 4,8 milhões para diminuir os tons de cinza da visão de quem cruza a Marginal do Rio Tietê. Desde dezembro do ano passado estão sendo replantadas 14 mil mudas de árvores na manutenção do projeto de recomposição e paisagismo das margens do rio mais importante de São Paulo.
"Os motoristas que trafegam pela marginal já podem observar que o entorno está bem cuidado. As árvores foram aparadas e tudo está limpo", observa a secretária de Saneamento e Energia, Dilma Seli Pena. Na manhã desta terça-feira, 15, ela conferiu o trabalho dos 90 profissionais que atuam ao longo dos 25 quilômetros do Tietê, entre a Barragem da Penha e a foz do Rio Pinheiros. Como o serviço é realizado dos dois lados do rio, trata-se de um dos maiores canteiros de obra do Estado, com 50 quilômetros de extensão.
A restauração começou no final de 2007 como medida de manutenção de um projeto iniciado em 2005, quando foram plantadas 140 mil mudas de árvores, arbustos, palmeiras e trepadeiras. "Temos de cuidar da qualidade e da quantidade da água oferecida à população, mas também da harmonia da paisagem da cidade", lembrou Dilma Pena, ao explicar a importância do projeto comandado pelo DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), órgão ligado à Secretaria de Saneamento e Energia.
Só para forração verde foram plantados 130 mil metros quadrados de grama. No local há ainda mais de 100 espécies diferentes de árvores. Elas foram escolhidas de acordo com as características do solo da região. Quem passa por ali vê gigantes jardins repletos de flores, um cenário atípico para uma região da cidade tão marcada de poluição.
Mas a medida não faz apenas bem aos olhos e ao nariz dos usuários dos 700 mil veículos que passam diariamente pelas pistas da marginal. O projeto de paisagismo foi criado de modo a promover a fixação da terra, impedindo a chuva de levar a sujeira para o rio.
Barragem da Penha
"Estamos fazendo um enorme esforço para cuidar desse patrimônio de todos os paulistas", destacou Dilma Pena, ao lado do superintendente do DAEE, Ubirajara Tannuri Félix. Ambos percorreram de barco o rio Tietê entre a Barragem da Penha e a Barragem Móvel, na altura do Cebolão. Na seqüência, eles visitaram a Barragem da Penha e o Parque Ecológico do Tietê.
Em fevereiro deste ano as obras de recuperação do sistema de comportas da Barragem da Penha foram concluídas. O Governo do Estado investiu R$ 2 milhões no trabalho, executada através de uma parceira entre o DAEE e a Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia).
“Agora temos a possibilidade de aumentar o tempo de espera de modo que não tenham mais cheias. Tivemos chuvas fortes ao longo dos meses de janeiro e fevereiro e não houve transbordamento”, disse a secretária. Ela falava da recuperação do sistema eletromecânico da barragem, composto por seis comportas. O mecanismo é um elemento fundamental para o controle de vazão do rio, contribuindo para evitar enchentes na capital.
Manoel Schlindwein
04/16/2008
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