Estado reforça uso de bicicletas em trens e metrô



Agora será possível não só embarcar em vagões de metrô e trens com as bicicletas, como também guardá-las em bicicletários seguros ou ainda emprestá-la

Os moradores de São Paulo ganharam, a partir deste fim-de-semana, novas opções de deslocamento e lazer na cidade. Com o MetroCiclista, programa de empréstimo de bicicletas em postos instalados em estações do Metrô, a liberação do transporte das bicicletas e a abertura da Ciclovia “Caminho Verde”, será possível não só embarcar em vagões de metrô e trens com as bicicletas, como também guardá-las em bicicletários seguros ou ainda emprestá-las gratuitamente pelo período de uma hora, depois disso serão cobrados R$ 2 por hora.

Em cerimônia na estação de Itaquera, no sábado, 27, o governador José Serra fez o lançamento de três bicicletários, instalados nas estações Corinthians-Itaquera, Carrão e Sé, e do primeiro trecho da Ciclovia “Caminho Verde”, entre as estações Corinthians-Itaquera e Guilhermina-Esperança.

Além dos três bicicletários abertos no sábado, e o de Guilhermina-Esperança, em funcionamento desde 2007, o Metrô deverá inaugurar mais 11, em 2008: 4 até o final de outubro - Paraíso, Vila Mariana, Anhangabaú e Marechal Deodoro - e 7 até o final do ano: Liberdade, São Bento e Tiradentes (Linha 1-Azul); Sumaré (Linha 2-Verde); Santa Cecília, Brás e Palmeiras-Barra Funda (Linha 3-Vermelha). Todos nos mesmos moldes: 10 vagas para acomodação e 10 para empréstimo no período de uma hora.

Pára-ciclos (estacionamentos de bicicletas) serão instalados em sete estações, com 30 vagas por unidade, totalizando 210 lugares: Belém, Penha, Vila Matilde, Artur Alvim (Linha 3-Vermelha) e Capão Redondo, Campo Limpo e Vila das Belezas (Linha 5-Lilás). A infra-estrutura dos pára-ciclos foi cedida pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente e a instalação, pelo Instituto Parada Vital.

O transporte de bicicletas no Metrô e nos trens da CPTM é permitido aos sábados, das 14h até o fim da operação comercial e aos domingos e feriados, durante todo o período de operação (4h à meia-noite).

MetroCiclista

O MetroCiclista é uma parceria entre o Instituto Parada Vital e o Metrô, com apoio da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente e da seguradora Porto Seguro. O programa prevê a implantação, até o início de outubro, de mais quatro bicicletários e sete pára-ciclos. Os bicicletários disponibilizarão 10 vagas e 10 bicicletas para empréstimo por uma hora. Ao longo da ciclovia, os bicicletários de Corinthians-Itaquera, Guilhermina-Esperança e Carrão também oferecerão 10 bicicletas cada um para empréstimo.

Caminho Verde

A ciclovia “Caminho Verde”, quando concluída, terá 12,2 quilômetros. O primeiro trecho, entre as estações Corinthians-Itaquera e Guilhermina Esperança, tem 6 quilômetros; os outros 6,2 quilômetros deverão ser entregues até o final do ano.

“Ciclovia não sai barato, sai quase um milhão de reais por quilômetros. Mas vale a pena pela utilização da bicicleta e pelo meio ambiente. Olhando em volta, é a região que se recupera. Entregamos hoje pouco mais de 6 quilômetros e até o final do ano vamos entregar o restante para chegar aos mais de 12 quilômetros”, disse o governador José Serra sábado durante a inauguração. “Mas não vamos ficar por ai. Além da readequação do calçamento, vamos colocar mais de 900 pontos de iluminação, sinalização cicloviária horizontal e vertical e plantio de mais de 1.700 árvores”, completou. 

Para marcar as duas inaugurações houve uma bicicletada, com partida da estação Itaquera, ponto zero da ciclovia, até Guilhermina-Esperança.

O projeto conta com paisagismo e urbanização na área paralela à Linha 3-Vermelha, do Metrô, além de três bicicletários, com 100 vagas cada um: Guilhermina-Esperança, inaugurado em abril de 2007, Corinthians-Itaquera e Carrão.

As obras e o projeto arquitetônico e paisagístico do Caminho Verde, com a readequação de calçamento, instalação de mais de 900 novos postes de iluminação (rede de alimentação elétrica subterrânea) e sinalização cicloviária horizontal e vertical foram executados pelo Metrô.

Ao longo da nova ciclovia, foram plantadas mais de mil árvores, uma a cada 7,5 metros, em média. São espécies arbóreas de pequeno, médio e grande portes, além de forrações, gramíneas e arbustos.  O Metrô procurou plantar espécies vegetais, que têm  florações diferenciadas ao longo do ano, o que permitirá variações paisagísticas, criando efeitos atraentes na ciclovia além de proporcionar a redução de emissão de gás carbônico na atmosfera.

Todo o projeto exigirá do Governo do Estado investimentos de R$ 9 milhões, dos quais 4 milhões foram aplicados no trecho entregue neste sábado.

Da Redação

(M.S.)



09/28/2008


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