Estudo: Metrô faz pesquisa de avaliação dos benefícios futuros da Linha 4-Amarela



Só na área de influência da Linha 4 do Metrô, são oferecidos cerca de 1,2 milhão de emprego

Quais as mudanças que uma nova linha do Metrô podem proporcionar para melhorar a qualidade de vida das pessoas? As chances de conquistar um novo emprego aumentam com este tipo de transporte chegando mais perto de casa? Para responder estas e outras dúvidas não menos importantes, o Metrô, em parceria com a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE), está realizando a pesquisa "Impactos da Linha 4 nas condições de vida e de viagem das populações de sua área de influência"

"Pioneira, essa pesquisa faz parte de um pacote de compromissos firmados entre o Metrô e o Banco Mundial (BIRD), que liberou parte do financiamento para a obra da Linha 4 - Amarela depois de estar convencido de que o projeto, além de expandir a capacidade de transporte da rede metroviária da capital paulista, será decisivo para promover melhorias na qualidade de vida das pessoas, contribuindo para a diminuição da pobreza urbana nas áreas de influência da nova linha", afirma Luiz Carlos David, presidente do Metrô.

Em São Paulo, 79% da pobreza da região metropolitana da capital (5,8 milhões de pobres) está instalada nas áreas de influência da Linha 4 – Amarela do Metrô (Vila Sônia - Luz). Estudos realizados pelo Metrô revelaram que o acesso reduzido ao transporte público é um dos principais fatores que contribuem negativamente para que a população das regiões metropolitanas das grandes capitais disputem uma vaga no mercado de trabalho.

Só na área de influência da Linha 4 do Metrô, são oferecidos cerca de 1,2 milhão de empregos. Portanto, com o avanço da rede metroviária para esses locais, os novos usuários do Metrô, incluindo os de baixa renda, além de terem melhor acesso a serviços essenciais, como escolas e hospitais, também verão aumentadas as possibilidades de conseguir um emprego formal.    

3.500 domícilios pesquisados

Para comprovar na prática os resultados obtidos com este estudo, até meados de dezembro, a Fundação Seade estará finalizando a primeira fase de coleta de dados da pesquisa, junto a 3.500 famílias, de diversos segmentos sociais. Entre os temas abordados, serão levantadas informações sobre as atuais condições de vida da população que será atendida ou não pela Linha 4 do Metrô, a mobilidade residencial de suas famílias, seu padrão de viagem e as condições de transporte oferecidas atualmente.

Após a entrada em operação da Linha 4 do Metrô, prevista para 2008, uma nova coleta de dados será realizada, em 2009, quando serão avaliadas se houve melhorias na qualidade de vida urbana, na acessibilidade aos pólos de empregos, educação, saúde e serviços e redução no custo da viagem, principalmente para as populações pobres.

 Do total de residências envolvidas nas entrevistas, 1.500 moradias estão localizadas diretamente nos entornos das futuras estações da Linha 4. Outras mil ficam nas chamadas áreas de influência regional da nova linha. Um terceiro grupo formado por mais mil moradias estão situadas em chamadas "áreas de controle", mais distantes da  Linha 4 - Amarela, em regiões como o ABC e a Zona Leste, porém com características demográficas e sócio-econômicas de seus moradores semelhantes à região da Linha 4 e que servirão de parâmetro para a segunda etapa da pesquisa, em 2009.

Para esclarecer qualquer dúvida sobre a pesquisa, basta entrar em contato com a Fundação Seade nos telefones 2171-7344 ou 2171-7354. Os pesquisadores são identificados por meio de crachá com foto e logo da entidade.

Dezembro de 2008

A operação comercial da primeira etapa dessa linha, chamada de "linha da integração", está prevista para dezembro de 2008, com uma frota de 14 trens (de 6 carros cada um). Nessa etapa, a linha vai operar os 12,8 quilômetros subterrâneos de vias e as seis estações prioritárias: Butantã, Pinheiros, Faria Lima, Paulista, República e Luz, que farão integração física e tarifária com todas as linhas do Metrô (linhas 1, 2 e 3, respectivamente, nas estações Luz, Paulista e República) e ligação indireta com a Linha 5 (Capão Redondo – Largo Treze), através da Linha "C" da CPTM, na estação Pinheiros (e acesso posterior na estação Santo Amaro).

A estação Butantã terá terminal de ônibus urbano para receber as linhas intermunicipais da região Sudoeste da Metrópole, além das linhas da Cidade Universitária da USP. Já a estação Faria Lima será fundamental para a revitalização urbana da área dos largos da Batata e de Pinheiros.

A demanda prevista nesta primeira etapa de operação da Linha 4 é de 704 mil passageiros/dia.

Quando estiver totalmente concluída, em 2012, a Linha 4 passará a operar outras cinco estações (Vila Sônia, São Paulo/Morumbi, Fradique Coutinho, Oscar Freire e Mackenzie/Higienópolis), com acréscimo de mais 15 trens em sua frota, e deverá transportar diariamente 970 mil pessoas.

 O traçado da Linha 4 abrangerá importantes subcentros urbanos, além de eixos viários já bastante congestionados da capital paulista: região da Luz, avenidas Cásper Líbero e Ipiranga, praça da República, rua da Consolação, cruzamento com avenida Paulista, avenida Rebouças, rua dos Pinheiros, largo da Batata/avenida Faria Lima, proximidades da Cidade Universitária, avenida Corifeu de Azevedo Marques, bairros do Butantã, Morumbi e Vila Sônia.

Com a Linha 4 do Metrô, os deslocamentos da população terão melhoria significativa. A previsão é de que haja uma redução de 25 minutos no tempo de viagem do percurso atual.

Departamento de Imp

11/22/2006


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