Exportação de carne de aves soma US$ 1,988 bi no melhor trimestre dos últimos 3 anos
No primeiro trimestre de 2011, o Brasil exportou 7,7% a mais de aves e produtos do setor do que em igual período do ano passado, com o embarque de 973 mil toneladas. O volume representou aumento de 23,6% no faturamento do setor, que fechou o trimestre em US$ l,988 bilhão. De acordo com o presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, o desempenho foi o melhor dos últimos três anos.
Além das carnes de frango (principal produto negociado), peru, pato, ganso e outras aves, foram exportados ovos e material genético. “O volume das vendas de frango nos surpreendeu”, disse Turra. Segundo o presidente da Ubabef, o resultado sinaliza que os países importadores já conseguiram sair da crise financeira internacional de 2008. Para ele, a reação do mercado foi melhor nos meses de janeiro e fevereiro, quando as exportações do produto aumentaram em 14,8%.
No trimestre, as vendas externas de frango cresceram 10,1%, com 933 mil toneladas embarcadas e faturamento de US$ 1,866 bilhão, valor 28,3% acima do registrado no mesmo período de 2010. O principal destino continua sendo o Oriente Médio, que importou 361,8 mil toneladas (alta de 13,8%). Em valor, a expansão foi bem maior: 36,2%, totalizando US$ 673 milhões.
Em segundo lugar na lista dos maiores clientes estão os países da Ásia. Pela primeira vez, informou Turra, a China está entre os dez principais mercados, superando a Venezuela. Para a Ásia seguiram 252 mil toneladas, 6,6% mais do que no mesmo período do ano passado, gerando receita de US$ 545,2 milhões.
O executivo observou que o mercado externo está aquecido e, por isso, os empresários querem ampliar a presença do produto brasileiro na Ásia. Malásia e Indonésia também já demonstraram interesse de importar produtos avícolas brasileiros. Em média, o Brasil exporta 35% do que produz no setor, sendo 39% para o Oriente Médio, seguido pela África e União Europeia, ambos os mercados com fatia de 12%.
A grande ameaça ao setor, segundo Turra, são o câmbio sobrevalorizado e os custos de produção em alta com a elevação do preço do milho, o principal insumo da produção avícola. Ele destacou que a desvalorização do dólar frente ao real “já chegou a um limite insuportável”, colocando em risco a previsão de crescimento no ano de 3% a 5%. “Tem empresas que já falam em reduzir turnos de trabalho”, disse Turra, porque já começam a ter dificuldades de oferecer produtos a preços mais vantajosos do que os concorrentes.
Fonte:
Agência Brasil
14/04/2011 19:48
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