Exposição "Todo Mundo" poderá ser vista até domingo
A exposição "Todo Mundo", projetada pelo cenógrafo Renato Theobaldo, aberta nesta terça-feira (21), no Salão Negro do Congresso, poderá ser vista pelo público até o dia 26 deste mês. Trata-se de uma instalação do artista, dentro da programação da 2ª Semana de Valorização da Pessoa com Deficiência. Em uma grande escultura, o artista procura chamar a atenção para a questão da deficiência, pelo foco da cidadania, por meio de imagens e por espaços de informação sobre o assunto.
A obra de Theobaldo foi encomendada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e está dividida em três momentos, cada um com uma função específica. O primeiro, chamado Multidão, tem a forma de uma colméia, feita em tecido transparente, que dá suporte para a projeção e multiplicação de imagens de transeuntes, entre os quais, pessoas com deficiência.
A segunda parte, denominada Cotidiano, consiste no percurso por uma espécie de corredor cujas paredes são formadas por painéis contendo imagens nas quais a pessoa com deficiência pode ser vista inserida em atividades do seu dia-a-dia, seja no trabalho, na vida pessoal ou em lugares públicos. Os painéis trazem também índices sobre a situação das pessoas com deficiência no Brasil e no mundo.
No terceiro espaço, chamado de Salão de Inserção, encontram-se painéis sobre as entidades que discutem e trabalham com inserção. Esse espaço mostra o que tem sido feito e o que tem sido discutido em prol das pessoas com deficiência na sociedade e no próprio Senado.
O cenógrafo estará na exposição na tarde desta terça-feira para explicar o seu trabalho para o público. Renato Theobaldo estreou como cenógrafo em 1983, no filme "A Estrela Nua", tendo recebido o prêmio de Melhor Cenografia no Cine-Rio Festival. Nos anos 80, fez a direção de arte do curta de animação "A Garota das Telas", premiado nos festivais de Havana, Rio de Janeiro e Brasília.
Na década de 90, assinou a direção de arte do longa-metragem "Alma Corsária", de Carlos Reichenbach, vencedor do Festival de Brasília de 1992.Para o Festival Amazonas de Ópera, Theobaldo criou a cenografia de O Guarani (2000), O Condor e Don Giovanni (2002), entre outros. Em São Paulo, fez Madama Butterfly (1999), o espetáculo Os Lusíadas (2001) e o Barbeiro de Sevilha (2003,) apresentado em Belo Horizonte, com remontagens em São Paulo e Belém.
20/11/2006
Agência Senado
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