Febem: Internas de Taipas trabalham a dança como ferramenta de ressocialização



Atualmente, a turma da dança do ventre conta com 30 adolescentes

“Tirar o máximo de si mesmo. Esta é a melhor conquista do ser humano”. A frase é da professora de dança do ventre Francielen de Lima Andrade, 30 anos, bem conhecida na Unidade Parada de Taipas,  instituição que abriga cerca de 60 meninas.

  Atualmente, a turma da dança do ventre conta com 30 adolescentes, e tem o propósito de realçar a consciência corporal - conhecer o próprio corpo - e buscar a beleza que está escondida em cada uma delas. As jovens participam de tudo, desde a confecção de roupas, maquiagens, até na criação de coreografias para apresentações.“Gosto de dançar. Esta aula fez com que tivesse uma postura de menina, o que antes eu não tinha”, disse S.G, 17 anos.

  A intenção do projeto é mostrar que em tudo na vida existem regras, até numa simples dança”, afirma Francielen. “A disciplina que elas depositam nas aulas, é nitidamente reconhecida no dia-a-dia da unidade”, conclui.

Com as aulas, as adolescentes foram criando afinidades com a professora. A estratégia de fazer amizade é para adquirir confiança e, hoje, o que era apenas mais uma professora, Francielen passou a ser conhecida, carinhosamente, como “mãe”. "A realidade de vida que as adolescentes levam no cumprimento da medida de internação, é esquecida na delicadeza dos movimentos da dança do ventre, durante as aulas", re

07/27/2006


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