Feira de acessibilidade apresenta novidades para pessoas com deficiência



A segunda maior feira de acessibilidade do mundo, que ocorre até domingo (15), no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, apresenta diversas adaptações em veículos, desfiles de moda com modelagem especial, computador controlado pelo movimento dos olhos, elevador para piscinas, atividades esportivas, livros infantis impressos em braille e imagens em relevo. Dados do Censo de 2010 indicam que 23,9% da população brasileira têm algum tipo de deficiência, o que representa um universo superior a 45 milhões de pessoas.

Nesta edição, a 11ª Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade (ReaTech) apresenta uma arena esportiva, montada pela Associação Desportiva para Deficientes (ADD), entidade sem fins lucrativos que tem o objetivo de promover o desenvolvimento da pessoa com deficiência por meio do esporte e da educação. “Desenvolvemos [na arena esportiva instalada na feira] atividades de quadra, convidando entidades de todo o Brasil para fazer apresentações de várias modalidades paralímpicas como vôlei, basquete e futebol. Assim, podemos contribuir para que as pessoas tenham a oportunidade de praticar alguma modalidade”, declarou Sileno Santos, coordenador de Esportes da ADD.

No estande da Fundação Dorina Nowill para Cegos, os visitantes são convidados a “ver a vida com outros olhos”. A ideia da fundação foi instalar diversas atividades sensoriais para estimular os cinco sentidos. “Assim, a gente começa a perceber que, sem a visão, há outras possibilidades também”, disse Adriana Kravchenko, gerente de Marketing e de Comunicação da fundação.

Anderson Luis Nascimento, funcionário público e deficiente visual, foi um dos participantes da atividade que estimulava o olfato. “Foi um exercício legal. A gente aguça mais o olfato”, disse. A fundação também colocou á disposição dos visitantes uma coleção de livros voltados para as crianças.

“Uma grande novidade da feira são os livros infantis em textos ampliados e em braille, além de ilustrações em relevo. É uma coleção de dez livros para todas as crianças, não somente para as que têm deficiência visual. São livros que servem para os pais lerem para as crianças, com deficiência ou não, para os professores aplicarem em salas de aula e para as próprias crianças”, explicou Adriana Kravchenko. Todos os livros foram distribuídos para 5 mil bibliotecas públicas de todo o País.

No ano passado, o setor de produtos e serviços para reabilitação movimentou cerca de R$ 1,5 bilhão. Desse total, R$ 200 milhões foram só com a comercialização  de cadeiras de rodas e R$ 800 milhões em automóveis e adaptações para veículos.

 

Fonte:
Agência Brasil



13/04/2012 16:36


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