Fernanda Montenegro
Uma das maiores atrizes brasileiras, em mais de 60 anos de carreira, Fernanda Montenegro já atuou em cerca de 100 peças teatrais, 11 telenovelas, 200 teleteatros e minisséries e em pelo menos 16 filmes.
Em 1999, com a atuação em “Central do Brasil”, filme dirigido por Walter Salles, se tornou a primeira latino-americana a concorrer ao Oscar de melhor atriz. Não conquistou a estatueta, mas ficou com o Urso de Prata na mesma categoria e atuação no Festival de Berlim.
Registrada como Arlete Pinheiro Esteve da Silva, ela mudou o nome para Fernanda por ter uma sonoridade que remete aos personagens de Balzac ou Proust. O Montenegro veio depois, por sugestão de um médico amiga da família.
Descendente de portugueses e Italianos, Fernanda começou a trabalhar como locutora e atriz na Rádio Ministério da Educação e Cultura aos 15 anos. Fazia traduções e adaptações de peças literárias para o formato de rádio novelas.
Ao lado da rádio ficava a Faculdade de Direito, que tinha um grupo de teatro amador. Ela começou a participar e logo recebeu convite do Teatro Ginástico. Estreou nos palcos em 1950, na peça “Alegres Canções nas Montanhas”, na qual atuou ao lado de Fernando Torres, com quem se casou três anos depois.
Um ano depois do começo no teatro, se tornou a primeira atriz contratada pela TV Tupi, emissora pioneira recém inaugurada no País por Assis Chateaubriand.
Artistas consagrados como Sergio Britto, Cacilda Becker, Nathalia Timberg, entre outros, atuaram em peças com Fernanda.
A estreia nas telonas ocorreu um pouco mais tarde, em 1964, no filme “A Falecida”, obra de Nelson Rodrigues adaptada pelo diretor Leon Hirszman. Em “Eles Não Usam Black Tie”, também de Hirszman, a atriz atuou ao lado de Gianfrancesco Guarnieri - ator, diretor, dramaturgo e poeta ítalo-brasileiro. A produção ganhou o Leão de Ouro como melhor filme no Festival de Cinema de Veneza.
Mãe da atriz Fernanda Torres e do cenógrafo e diretor Cláudio Torres, ela sempre colocou o teatro como prioridade. Nos palcos, em 1982, ganhou os prêmios Molière especial e de melhor atriz pela atuação em "As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant".
Nas telinhas, a diversidade das personagens que interpretou sempre foi marcante. Da vilã à mocinha, tem uma expressividade que encanta diversos públicos.
Com a imensa admiração nacional que alcançou, foi convidada para ser ministra da Cultura em dois governos. Apesar do apoio da classe artística para assumir o cargo, ela recusou as duas ofertas.
Fontes:
Site oficial de Fernanda Montenegro
Funarte
01/03/2012 15:41
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