Festa pernambucana deve atrair 850 mil pessoas durante Carnaval
Segundo levantamento feito pelo Ministério do Turismo, Pernambuco deve atrair cerca de 850 mil pessoas para as cidades de Recife, Olinda, Porto de Galinhas e Cabo durante o Carnaval. A movimentação econômica estimada é de R$ 787 milhões.
De acordo com a Prefeitura de Recife, o carnaval na capital pernambucana deste ano terá mais de duas mil apresentações, sendo 1.300 apresentações no chão e 720 artistas de palco. Nomes como Gilberto Gil, Elba Ramalho, Lenine, Maria Gadú , Geraldo Azevedo, Jorge Aragão e Marcelo D2 serão os responsáveis de frente da grande folia em uma das capitais do carnaval.
Seja Frevo Coqueiro, Frevo Ventania, ou Frevo de abafo, claro que a dança brasileira não poderia ficar de fora da festa. O carnaval 2014 de Recife também fará uma homenagem especial ao frevo e também ao músico, dançarino e coreógrafo Antônio Nóbrega. Serão 63 focos de animação para garantir a farra dos foliões, diferente do ano passado, que só foram 18 polos.
Outra novidade é para garantir que os foliões mirins possam se divertir com segurança. Pensando nisso, o carnaval de Recife terá três polos infantis em matinê com grupos como As Levianinhas e as Fadas Magrinhas.
Em Olinda, serão 11 pólos de animação, 196 atrações de palco, 500 agremiações, 40 atrações itinerantes e orquestras fixas nas ladeiras. Com o tema “Bajado, um artista de Olinda, 100 anos”, nesse ano, serão 12 homenageados no Carnaval de Olinda. São eles: Amaro Ezequiel, Antônio Aurelio Sales (Cabela), Bajado, Carlos Fernando, João Trindade do Elefante de Olinda, Luciano Avellino André (Sonca), Mãe Biu de Xambá, Maracambuco, Menino da Tarde, Mestre Nazaré, Olimpio Bonald Neto e T.C.M. John Travolta.
Além da folia tradicional, os turistas podem aproveitar para conhecer um pouco do turismo cultural de Recife e Olinda, com igrejas, palácios, fortalezas, conventos, conjuntos urbanos e várias outras obras que testemunham as diferentes fases e aspectos de Pernambuco. Confira as principais atrações culturais:
Capela Dourada, claustro e casa de oração da Ordem Terceira de São Francisco de Assis
A Igreja datada dos séculos XVII e XVIII possui arquitetura barroca exuberante, sendo as paredes do claustro, bem como a cúpula, ricamente ornamentadas com azulejos e entalhes no estilo rococó, expressando o apogeu econômico vivenciado à época em Pernambuco. É toda revestida de talha dourada e os painéis de autoria de José Pinhão de Matos, representam os santos da ordem franciscana. Seu teto é curvo e completamente ornamentado de talha dourada, exceto quando há azulejos e pinturas. A capela é aberta para culto religioso e se localiza na Rua da Imperatriz, 147.
Forte de São João Batista do Brum
A fortificação começou a ser construída em 1629, no istmo de Olinda. Teve o projeto continuado pelos holandeses, em invasão ocorrida em 1630. Após a retomada portuguesa do forte, em 1654, foi elaborada uma planta para sua reconstrução, que incluiu o fosso inundado protegido pelo muro. Estruturada em pedra e cal, de planta quadrangular, possui dois baluartes para o lado do rio Beberibe. O Forte Brum serviu de refúgio, durante a Revolução Pernambucana, para o Governador e Capitão-general da Província de Pernambuco, Caetano Pinto de Miranda Montenegro, e de cárcere para prisioneiros de guerra na Confederação do Equador e Insurreição Praieira. Atualmente é um Museu Militar.
Conjunto paisagístico do Sítio da Trindade
Situado no bairro de Casa Amarela, no Recife, o Sítio da Trindade representou um espaço importante no período da invasão holandesa (1630 – 1654) como local de resistência contra os invasores. Naquela área de terreno elevado, existiu o Forte Arraial do Bom Jesus, também chamado de Arraial Velho. Posteriormente as terras foram adquiridas pela família Trindade Paretti, que deu origem ao nome atual. Em 1952, o Sítio da Trindade foi desapropriado e declarado como um bem de utilidade pública. Em reconhecimento à sua importância histórico-social, no dia 17 de junho de 1974, o local foi classificado como um conjunto paisagístico e tombado pelo Iphan.
Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Militares
A Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Militares começou a ser construída em 1723. Uma de suas atrações é o forro em talha rococó de excepcional qualidade. A igreja foi criada por uma irmandade de militares e apresenta em sua entrada uma rara e significativa pintura sobre a Primeira Batalha dos Guararapes, ocorrida na Restauração Pernambucana do domínio holandês, quando muitas vitórias foram associadas à proteção mariana aos militares. A igreja fica na Rua Nova, no Bairro de Santo Antônio, área central de comércio popular, onde predomina casario com sobrados de dois a quatro pavimentos dos séculos XVII, XVIII e XIX.
Convento e Igreja de Santo Antônio
A Ordem dos Carmelitas se instalou em Olinda, na ermida de Santo Antônio e São Gonçalo, por volta de 1580 quando teve início a construção da igreja, a primeira da Ordem na América Latina. Quando Olinda foi destruída pelos holandeses, em novembro 1631, a igreja e o convento sofreram sérios danos. A partir de 1654, com a expulsão dos invasores, os frades voltaram ao convento em ruínas e deram início à reconstrução. A igreja foi fechada em 1820 com a transferência do padre prior para Recife, o que provocou o abandono do convento. Em 1897, foram realizadas obras de restauração na capela-mor e, nos anos de 1966 e 1968, foram realizadas reformas já pelo Iphan que devolveram à igreja seu traçado primitivo.
Mercado São José
Inaugurado em 1875, para comercialização de frutas, verduras e peixes, é considerado o mais antigo edifício pré-fabricado em ferro no Brasil, um raro exemplar da arquitetura do ferro do século XIX, no Brasil. Quando de sua inauguração, havia a expectativa de equiparar Recife às cidades mais modernas do mundo em termos de abastecimento e higiene. O Mercado São José por muito tempo conseguiu manter o seu propósito e abastecia também hotéis, restaurantes e navios que atracavam na cidade. Para o seu reconhecimento como patrimônio cultural, o Iphan considerou o valor arquitetônico do prédio e o significado para os moradores da cidade de Recife. Atualmente, o Mercado mantém sua função acrescido de uma variedade de produtos como plantas e raízes. O Mercado São José fica na Praça Vidal.
Fortaleza de São Tiago das Cinco Pontas
Datado do século XVII, foi construído durante a invasão holandesa (1630-1654), e reconstruído em alvenaria de pedra e cal em 1684, ganhando um novo plano que ficou com área superior à antiga. Nessa reforma perdeu um dos baluartes que deu a atual forma quadrangular. Em seu interior possuía uma capela dedicada a São Tiago e subterrâneos para prisão, demolidos em 1822. Ao longo do tempo serviu de palco para vários acontecimentos políticos e, atualmente abriga um teatro e o Museu da Cidade do Recife, que possui em seu acervo grande número de peças arqueológicas, mapas, plantas, fotografias gravuras de Pernambuco.
Igreja e Mosteiro de São Bento
O início das obras do mosteiro remonta a 1599. O primeiro prédio foi destruído em função da ocupação holandesa, em 1631, e reerguido na segunda metade do século XVII. Nos espaços internos do mosteiro podem ser apreciadas peças de alto valor artístico, como, gradis de jacarandá, pinturas de episódios da vida de São Bento e retratos de velhos abades e mestres da Ordem Beneditina no País. No claustro, estão sepultados vários monges da abadia. Em 1860, o mosteiro sofreu restauração completa, destacando-se a ampla capela-mor e todo seu douramento. O retábulo e a talha são inspirados no Convento de São Bento de Tibães, Portugal. O altar-mor, com as esculturas de São Gregório e Santa Escolástica, é de mestre Gregório.
Igreja e Convento de Nossa Senhora das Neves e Ordem Terceira de São Francisco
A construção do convento de São Francisco teve início em 1585. Com a invasão holandesa, em 1631, o edifício foi seriamente danificado e abandonado. Após sua reconstrução, no século XVIII, tornou-se um dos mais belos conjuntos do Brasil. O convento é parte de um conjunto arquitetônico barroco de excepcional importância, que inclui a Igreja de Nossa Senhora das Neves, a Capela de São Roque, o claustro e uma belíssima sacristia franciscana. A igreja, contígua ao convento, tem nave única e capela lateral. O interior da nave é composto por forro em gamela, com pintura sobre painéis e paredes decoradas por azulejos em azul e branco, vindos de Portugal.
Conjunto urbano de Olinda
Reconhecido como patrimônio mundial pela Unesco, o Centro Histórico de Olinda conserva, com muita fidelidade, a trama urbana, a paisagem e o sítio da vila fundada ainda na primeira metade do século XVI, quando os portugueses iniciaram a ocupação da terra descoberta em 1500. O traçado urbano é característico dos povoados portugueses de origem medieval, e tem seu encanto intensificado pela paisagem e pela localização. O caráter próprio e diferenciado de Olinda está nessa ambiência paisagística, que a identifica ao longo de sua história.
Igreja de Nossa Senhora da Graça e Seminário de Olinda
Localizada no alto do Morro do Seminário, a Igreja de Nossa Senhora da Graça foi uma das primeiras a serem construídas no Brasil, a partir de 1551, por ordem de Duarte Coelho, para catequizar os indígenas. Com o incêndio de Olinda, em 1631, o complexo foi seriamente danificado. A igreja e o colégio foram reerguidos entre 1661 e 1662. Atualmente, a fachada é de desenho renascentista, singelo e despojado. O teto em duas águas com forro de caibros aparentes de madeira ainda é do século XVII.
Fonte:
Portal Brasil
27/02/2014 23:33
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