Fiocruz compra laboratório para ampliar produção de vacinas e medicamentos, diz Saturnino
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) conseguiu adquirir uma unidade industrial da Glaxo, localizada em Jacarepaguá (RJ), que se encontrava desativada, depois de ter obtido a liberação de R$ 20 milhões do orçamento federal deste ano. Ao anunciar a compra, em Plenário, o senador Roberto Saturnino (PT-RJ), autor da emenda ao Orçamento Geral da União de 2004 que garantiu os recursos necessários para viabilizar a negociação, informou que o laboratório está pronto para a Fiocruz começar a operar a partir do segundo semestre.
Saturnino afirmou que, com esse novo laboratório a Fiocruz terá condições de ampliar a sua produção de vacinas e de medicamentos, fornecendo a baixo custo para programas sociais como as Farmácias Populares que estão sendo implantadas em várias cidades do país. Ele lembrou que a Fiocruz, criada em 25 de maio de 1900 para fabricar soros e vacinas contra a peste, é uma instituição modelar, com prestígio internacional, ressaltando a importância da negociação para reforçar as atividades da fundação.
Reforma agrária
O senador manifestou seu apoio às medidas adotadas pelo governo para agilizar a reforma agrária, citando entre elas a maior autonomia às regionais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a redução das exigências burocráticas para efetivar os assentamentos e o aumento para R$ 16 mil do crédito inicial aos assentados.
- A reforma agrária é essencial para reduzir o quadro de miséria do país, melhorando a distribuição de renda - afirmou Roberto Saturnino.
Ele destacou a pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) na quinta-feira (15), que apontou 33% da população brasileira (56 milhões de pessoas) vivendo com até R$ 79 por mês. "É inaceitável e revoltante esse quadro de miséria", lamentou, considerando que a reforma agrária é um dos pilares do programa de governo para reverter a "enorme" dívida social no Brasil.
16/04/2004
Agência Senado
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