Fiocruz e Fundação de Bill Gates vão produzir vacina para exportação
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou nesta segunda-feira (28) acordo com a Fundação Bill & Melinda Gates para produzir pela primeira vez uma vacina dupla contra sarampo e rubéola exclusiva para exportação. A previsão é que o país exporte ao menos 30 milhões de doses da nova vacina nos próximos anos.
"Acordo assinado propicia mais investimentos e garantia de compra, o que possibilita ocupar o mercado externo pelo menor preço", garantiu o ministro Alexandre Padilha.
A produção da nova vacina é responsabilidade do laboratório Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio. O presidente do laboratório Artur Couto explica que a vacina será vendida com um preço mais barato às Nações Unidas, que irão repassá-la a países em desenvolvimento da Ásia, Africa e América Latina.
Hoje, o Bio-Manguinhos produz somente a tríplice viral MMR (caxumba, sarampo e rubéola), utilizada nas campanhas de vacinação brasileiras. Desde 2000, o Brasil está livre da circulação autóctone do vírus do sarampo, isto é, o agente causador da doença não circula de maneira ampla no território nacional. No caso da rubéola, desde 2008 não há circulação autóctone do vírus. As vacinas são oferecidas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Sarampo
Doença aguda, altamente contagiosa, transmitida por vírus. Os sintomas mais comuns são febre, tosse seca, exantema (manchas avermelhadas), coriza e conjuntivite. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar. O período de transmissão varia de quatro a seis dias antes do aparecimento do exantema até quatro dias após o surgimento das manchas. A vacina é o meio mais eficaz de prevenção.
De 2001 a 2005, o Brasil apresentou apenas 10 casos de sarampo, dos quais quatro foram importados (Japão, Europa e Ilhas Maldivas) e seis casos eram associados a essa importação.
Em 2006, foram registrados 57 casos na Bahia com fonte de infecção desconhecida, com identificação de genótipo que ainda não tinha circulado no País. Em 2010, foram confirmados 68 casos (no Pará, Rio Grande do Sul e Paraíba) – todos importados ou associados a esses casos importados.
Em 2011, foram registrados 42 casos de sarampo no País, em oito estados: São Paulo (26), Rio Grande do Sul (7), Rio de Janeiro (4), Distrito Federal (1), Bahia (1), Minas Gerais (1), Piauí (1), Mato Grosso do Sul (1). Todos importados ou associados a esses casos importados.
Rubéola
Transmitida por vírus, os sintomas mais comuns são febre e exantema, inflamação de gânglios e artralgia. O período de transmissão é de cinco a sete dias do aparecimento de manchas avermelhadas. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar e respirar.
Outra forma de transmissão é por via sanguínea, o que ocorre somente quando mulheres grávidas adoecem e transmitem para o feto. A infecção na gravidez acarreta inúmeras complicações para os recém-nascidos, como malformações congênitas, principalmente cegueira e surdez. A vacina também é o meio mais eficaz de prevenção.
Recomendações
Todos os viajantes que pretendem visitar outros países devem estar vacinados contra o sarampo e a rubéola. É o que recomenda o Ministério da Saúde, seguindo orientação da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Os vírus causadores dessas doenças ainda circulam intensamente em diversos países do mundo. Por isso, ao viajar para o exterior, as pessoas que não foram vacinadas ficam expostas ao risco de contrair sarampo e rubéola, podendo contribuir para a reintrodução dessas doenças no Brasil.
Fonte:
Portal Brasil com informações do Ministério da Saúde
28/10/2013 15:13
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