Força de trabalho no campo é tema de livro da UNESP
A Coleção História social do campesinato no Brasil terá por cinco tomos
A Editora Unesp e o Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural (NEAD) lançam os dois primeiros volumes da Coleção História social do campesinato no Brasil, que será composta por cinco tomos e oferecerá uma compreensão mais ampla do mundo cultural, político, econômico e social em que o camponês produz e se reproduz.
Formas tuteladas de condição camponesa, organizado por Delma Pessanha Neves e Maria Aparecida de Moraes Silva, é primeiro volume do tomo Processos de constituição e reprodução do campesinato no Brasil e aborda a importância e a diversidade de condições de integração da força de trabalho e, entre elas, da constituição do campesinato. Para compreender o mundo do trabalhador rural no Brasil, além da objetividade dos números, os autores estudam também os valores morais dos trabalhadores mediante suas explicitações de visões de mundo e de formas de se conceber socialmente.
Casos de conflito e rupturas das relações são tratados como situações ideais de pesquisas, oferecendo exemplos significativos de como a qualificação sociológica das formas de dominação, amparadas por mecanismo de repressão da força de trabalho e pelo controle dos meios de produção tornaram possíveis a existência de formas camponesas dependentes ou tuteladas.
Formas tuteladas de condição camponesa enfatiza a importância do trabalho familiar, destacando seus princípios de organização e valores. Seus textos desnudam como a produção fundamentada no trabalho familiar tem sido sustentáculo de reprodução das condições de dominação em que se estrutura o sistema de concentração de poder econômico e político na sociedade brasileira.
Da coleção História do campesinato no Brasil, também está sendo lançado o livro Concepções de justiça e resistência nos Brasis, primeiro volume do tomo Formas de resistência camponesa: visibilidade e diversidade de conflitos ao longo da história.
Sobre as organizadoras – Delma Pessanha Neves é professora do Programa de Pós-graduação em Antropologia Socialda Universidade Federal Fluminense (UFF) e bolsista do CNPq. Maria Aparecida de Moraes Silva é socióloga, professora livre-docente da Unesp, pesquisadora visitante do Programa de Pós-Graduação em Geografia da USP e pesquisadora do CNPq.
Da UNESP