Força-tarefa vai atender atingidos por chuvas



Segundo previsão oficial, as chuvas deverão se intensificar nos próximos três dias nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Diante disso, o governo federal decidiu criar uma força-tarefa, composta por 35 geólogos e 15 hidrólogos, para atuar nas áreas de risco destes estados, que vêm sendo bastante afetados pelas chuvas. Veja outras medidas tomadas pelo governo aqui.

As equipes da Força Nacional de Apoio Técnico serão compostas especialmente por geólogos vinculados ao Ministério de Minas e Energia e do Ministério do Meio Ambiente, principalmente da Agência Nacional de Águas (ANA).

Essas equipes serão deslocadas até terça-feira (10) para as áreas com situação mais grave e deverão identificar o nível de risco de deslizamentos de terra e identificar as áreas sujeitas aos deslizamentos e inundações, de onde as famílias devem ser removidas pela Defesa Civil. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (9), pela presidenta Dilma Rousseff em reunião com seis ministros no Palácio do Planalto.

São áreas que já estão com terreno encharcado devido às constantes chuvas das últimas semanas e devem receber atenção máxima das estruturas de Defesa Civil. O governo determinou que serviços corriqueiros sejam reduzidos temporariamente em alguns órgãos federais para que geólogos possam ser liberados para ajudar as equipes nos estados. Ainda durante o encontro, chegou a notícia de que tinha havido um deslizamento de terra com mortes na cidade de Sapucaia (RJ).

“Evitar mortes é nossa prioridade número um”, disse a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, em entrevista coletiva após a reunião. A presidenta também determinou que os centros de operação e monitoramento permaneçam nos estados até fim de março para atuar nas ações de prevenção e reconstrução das cidades mais afetadas pelas chuvas.

O governo decidiu também antecipar o pagamento, para os moradores dos municípios em situação de calamidade, dos benefícios do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), além da liberação, após análise caso a caso, de saques do FGTS para reconstrução de residências.

Segundo o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemanden) prevê fortes chuvas na região serrana do Rio de Janeiro; em Belo Horizonte e Ouro Preto, em Minas Gerais; em Vitória, no Espírito Santo, e na região serrana do Rio de Janeiro.

O ministro lembrou que, em dezembro, a chuva em Minas Gerais bateu recorde histórico. “Vamos fazer um mapeamento in loco para identificar as áreas mais vulneráveis e ajudar a Defesa Civil na remoção das famílias”, explicou Mercadante, acrescentando que 2,5 milhões pessoas foram atingidas pelos chuvas.

Também serão instalados 4.500 pluviômetros em áreas de risco, sendo 1.500 automáticos, instalados em torres de telefonia, e outros 3.000 semi-automáticos, o que aumentará a precisão dos alertas meteorológicos.

Além disso, será feita a aquisição emergencial de quatro radares meteorológicos, em processo internacional de compra para pronta entrega, a serem instalados na Bahia (Salvador), Alagoas, Grande Vitória e Vale do Paraíba. A expectativa é de que em dois meses os radares estejam no Brasil. Os do Nordeste reforçarão o sistema de alarme daquela região, onde ocorrem fortes chuvas no inverno.

O Exército, informou o ministro interino da Defesa, general Enzo Peri, está trabalhando diretamente com os agentes da Defesa Civil na remoção das famílias e no transporte de alimentos. Uma ponte móvel já foi instalada e há condições para montagem imediata de um hospital de campanha para atender eventuais vítimas.

Já o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que 800 quilos de medicamentos serão enviados para as áreas mais atingidas, somando 12,8 toneladas o total já encaminhado pelo governo. Além disso, a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), com dois mil profissionais cadastrados, vai trabalhar nas unidades de saúde.

Durante entrevista coletiva, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, fez um alerta para as condições das rodovias federais. Segundo ele, são 37 trechos afetados em 16 rodoviais localizadas em cinco estados. Segundo o ministro, cinco trechos ainda estão totalmente interditados e 18 estão parcialmente liberados. Minas Gerais é o estado com maior número de interdições: dez rodovias no estado apresentam problemas em decorrência das chuvas. “As próximas 48 horas ainda são de apreensão”, afirmou o ministro.

No início da entrevista, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, transmitiu, em nome da presidenta Dilma, solidariedade às famílias das vítimas do deslizamento na cidade de Sapucaia, no norte do Rio de Janeiro. “Vamos envidar esforços para resgatar as vítimas e oferecer apoio aos familiares.”
 

Fonte:
Portal Brasil
Portal Planalto
Blog do Planalto

 



09/01/2012 19:57


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