Freire: flexibilização da CLT não gera emprego e não reduz informalidade



A flexibilização da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), projeto do Executivo em exame no Senado após aprovado pela Câmara dos Deputados no final do ano passado, é inoportuna, na avaliação do senador Roberto Freire (PPS-PE), em razão da realidade econômica do país. Para ele, as mudanças na CLT não resolvem a questão do desemprego e nem deverão reduzir os índices de informalidade no mercado de trabalho. "O projeto é inoportuno e nós vamos votar contra pois não atinge nenhum dos objetivos pretendidos pelo governo", afirmou.

Freire lembra ainda que países que adotaram flexibilizações semelhantes não obtiveram êxito, a exemplo da Argentina e da Espanha, onde houve aumento do desemprego.

O líder do PPS no Senado afirma que seu partido é favorável a uma discussão sobre a CLT diante das mudanças na realidade mundial do trabalho. Ele considera necessário pensar em propostas como contratos coletivos de trabalho, mas reitera que o PPS é contra o projeto incluído na relação das prioridades do Executivo para exame do Congresso em 2002. "Não é momento para mudança quando há preocupação com a crise e o desemprego", disse.



06/02/2002

Agência Senado


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