Fundo do Centro-Oeste contratou R$ 13 bi desde que foi criado, diz presidente do BB
O presidente do Banco do Brasil, Antonio Francisco de Lima Neto, declarou nesta quinta-feira (4) que o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) contratou quase 405 mil operações desde que foi criado, em 1989, até agosto deste ano. O valor total dessas operações, de acordo com ele, atingiu R$ 13 bilhões. Antonio Francisco de Lima Neto disse ainda que isso teria resultado, segundo estimativas do Banco do Brasil, em 1,7 milhão de empregos "gerados ou mantidos".
Esses dados foram apresentados durante audiência pública realizada nesta quarta-feira pela Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), presidida pela senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO).
O fundo, previsto na Constituição de 1988 e regulamentado em lei no ano seguinte, tem o objetivo de financiar empreendimentos em diversos setores da economia da região Centro-Oeste.
O presidente do Banco do Brasil também afirmou que, em 2001, 76% do total de recursos do fundo provinham de ingressos realizados pelo governo federal, enquanto 24% tinham origem em retornos de operações realizadas com o próprio FCO. Já em 2006, 58% provinham de ingressos do governo federal e 42%, dos retornos.
- Isso significa dizer que os empréstimos estão indo, apoiando empreendimentos e capital de giro, e voltando - ressaltou.
Outro dado apresentado por Antonio Francisco de Lima Neto refere-se à forma como os recursos são distribuídos: 17,1% para o Distrito Federal; 26,1% para Goiás; 26,1% para Mato Grosso; 20,7% para Mato Grosso do Sul; e 10% para o Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar - Reforma Agrária (Pronaf-RA). O presidente do Banco do Brasil disse que os critério dessa distribuição são definidos pelo Conselho Deliberativo do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (Condel-FCO).
Agilidade
Antonio Francisco de Lima Neto declarou ainda, durante a audiência, que o Banco do Brasil implantou no início deste mês um novo modelo de fluxo de operações, com o objetivo de agilizar esses processos - uma das reclamações dos senadores presentes na audiência se referia à demora na análise dos projetos. Ele afirmou que "havia propostas com mais de 300 dias em análise".
- Agora, já temos, para alguns casos, uma redução para 35 dias - informou.
O presidente do Banco do Brasil declarou ainda que está em estudo o repasse de recursos do FCO para outras instituições - outra demanda apresentada pelos senadores.
04/10/2007
Agência Senado
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