General Motors tem a vaga de trabalho mais cara do Estado
Quanto custa, à sociedade, a criação de uma vaga de trabalho? "Um estudo informa que o ex-governador Antônio Britto cedeu US$ 174,3 mil de dinheiro público para gerar cada uma das 1.300 vagas previstas na fábrica da General Motors em Gravataí", destaca o deputado José Gomes (PT), de posse de informações contidas no trabalho Guerra Fiscal, Espaço Público e Indústria Automobilística no Brasil, realizada pelo engenheiro Glauco Arbix, do Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo.
Arbix relata que a GM investiu US$ 600 milhões no projeto de Gravataí, recebendo do governo de Britto US$ 226,58 milhões em incentivos. E que o "canto da sereia" evocado pelo governos que disputaram e ganharam o direito de sediar indústrias automobilísticas no país foi "puro desperdício de dinheiro publico". Esta disputa entre os Estados, observa o engenheiro, "tornou a guerra fiscal no Brasil a mais cara do mundo."
Gomes está requerendo à mesa diretora da Assembléia Legislativa a criação de uma Comissão Externa para acompanhar a estratégia do Plano de Demissão Voluntária (PDV) iniciado esta semana pela GM, aberto aos seus funcionários mensalistas, incluindo os do escritório de Gravataí.
"Queremos que a empresa fique no Estado, por isso, proponho que reforcemos junto a ela o capital estatal injetado, pois acreditamos que um PDV, por mais voluntário que seja, mascara uma tendência mundial do neoliberalismo em reduzir pessoal quando os resultados financeiros não satisfazem sua previsão de lucro."
03/07/2001
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