GERALDO MELO PEDE CALMA NA DISCUSSÃO SOBRE AS PMS
"É muito simples dizer que todas as mazelas se resolvem na hora em que se federalizarem as decisões", disse hoje (dia 1º), em plenário, o senador Geraldo Melo (PSDB-RN), ao pedir calma no debate em busca de uma solução para a crise formada com a rebelião dos policiais militares de vários estados. Ele apontou o risco de adotar-se um remédio para uma doença diferente da diagnosticada, e pediu que o Legislativo não se deixe dominar pela "preocupante" conjuntura.
- Acho que é hora de repensar as responsabilidades de todos e chegarmos a um discurso comum, nós que queremos que este país viva em paz e que o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso continue tendo um grande e retumbante êxito - acrescentou.
Na opinião de Geraldo Melo, na discussão desse assunto é preciso incorporar a noção de que "disciplina não é apenas um dever do disciplinado, mas também de quem dá as ordens". Ele disse que é necessário um ambiente que favoreça o restabelecimento das noções antigas de autoridade, e pregou a adesão do poder público, inclusive o federal, nos princípios de autoridade e disciplina exigidos das polícias militares.
- Não sei que outra instituição tem tão arraigada a noção de hierarquia quanto a estrutura militar - assinalou o senador, acrescentando que se o Legislativo deseja fazer mudanças duradouras e definitivas precisa pensar nisso com tranqüilidade. Ele explicou que uma coisa é se falar numa política de segurança e outra é conhecer as realidades do país. "Temos tanta pressa em resolver essa questão que precisamos ir devagar", frisou.
Geraldo Melo elogiou o governador do Ceará, Tasso Jereissati, pelas medidas tomadas para punir os responsáveis pela rebelião: "Eu conheço o governador e sei com que sacrifício interior ele tomou a decisão de mandar prender os responsáveis. É o peso e a força do dever".O senador também criticou a idéia, que, como acentuou, prolifera no país de má conduta dos policiais. "Difundiu-se na cabeça do povo que os grandes bandidos são os policiais", criticou.
Em aparte, o senador Josaphat Marinho (PFL-BA) disse que ninguém no Brasil louva a rebelião das polícias militares; pelo contrário, observou,"todos querem vê-las disciplinadas e eficientes". Josaphat afirmou que as PMs não têm tradição de indisciplina e insubordinação, e, portanto, se foram às ruas protestar contra os baixos salários é porque "têm motivos ponderáveis e dignos de consideração".
01/08/1997
Agência Senado
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