GERSON CAMATA REFUTA REVISTA "ISTOÉ" E RECEBE APOIO DO PLENÁRIO



Em pronunciamento que obteve a solidariedade de todo o plenário, o senador Gerson Camata (PMDB-ES) disse que o suposto documento em que a revista IstoÉ se baseou para noticiar que ele teria envolvimento com o narcotráfico e o crime organizado no Espírito Santo "não existe", porque é falso. Ele apelou ao governador José Ignácio Ferreira por investigações que determinem quem está produzindo semelhantes "documentos". Convencido de que o repórter da revista foi enganado, Camata disse que os jornalistas locais nem chegam a receber documentos semelhantes, porque não os levariam mesmo a sério. Vários senadores registraram sua solidariedade, muitos deles falando por outros que não tiveram oportunidade de se manifestar devido ao tempo limitado de que Gerson Camata dispunha.O senador explicou que o suposto documento é apresentado como um boletim secreto redigido em 1989 pela denominada PM2 - a Polícia Militar paralela do estado - com base em informação que teria sido dada pelo então superintendente regional da Polícia Federal, delegado Oscar Carvalho. Camata disse ter tido acesso ao documento, apócrifo, carimbado como "secreto".Num dos parágrafos, que não despertou o interesse do repórter da revista, observou o senador, a PM2 afirma que o superintendente "deixou entender que tinha apoio de Brasília/DF e todo um esquema para desbaratar o crime organizado no estado, o que deveria ocorrer em breve. Entretanto, até esta data nada de concreto aconteceu. Face às várias entrevistas que deu aos órgãos de comunicação social local, o dr. Oscar passou a ser criticado (inclusive por integrantes da Polícia Federal). Como não apresentou nada de concreto, apenas acusações (sem provas) que provocaram reações dos acusados, o desgaste da figura do superintendente da Polícia Federal está sendo inevitável".Entre as inúmeras manifestações de solidariedade que recebeu ao longo da semana, o senador declarou-se surpreendido com uma delas, do próprio delegado, agora aposentado. Tratava-se de carta que Oscar Carvalho dirigiu à revista IstoÉ para assegurar que realizou investigações relativas ao narcotráfico no estado, mas que "em nenhum momento tais investigações, amplamente divulgadas pela imprensa, esbarraram no nome do ilustre senador Gerson Camata, de invejável e ilibada carreira política no estado", citou o senador.- Produziram um documento falso. Não fui nem investigado nem indiciado - concluiu Camata, considerando que o episódio prejudica a economia capixaba e o relacionamento com autoridades federais, como Carlos Veloso. O ministro do Supremo Tribunal Federal também foi citado pela revista e, apesar de ter casa no estado, já anunciou que lá não volta mais.

26/01/2000

Agência Senado


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