Getúlio continua forte na memória nacional, diz Hélio Costa



O senador Hélio Costa (PMDB-MG) disse que o Senado Federal homenageia, nesta terça-feira (24), um dos mais extraordinários brasileiros do século ao oferecer uma sessão especial em memória do ex-presidente Getúlio Vargas, falecido há 50 anos.

Costa lembrou a surpresa que foi para o país o tiro que Getúlio deu no próprio peito. “Ninguém esperava aquele desfecho para a crise que se abatera sobre o governo, apesar de Getúlio ter dito que do (Palácio do) Catete só sairia morto”, registrou.

O senador mineiro destacou que meio século depois da morte do líder sua presença continua forte na memória coletiva nacional, especialmente graças à grande identificação de Getúlio com os trabalhadores e com os sem privilégios.

A atuação de Getúlio no governo marcou a modernização da economia brasileira, segundo o senador. Trouxe ao país produção siderúrgica, estabilidade da moeda, leis de amparo ao trabalhador eintegração física do país, entre várias outras iniciativas que marcaram uma nova era no Brasil. Costa lembrou que apenas 40 anos antes da chegada de Getúlio ao poder ainda havia escravos no país.

Antes de 1930 não havia no Brasil Ministério da Educação nem do Trabalho, não havia jornada de 8 horas diárias, nem férias, nem sindicato nem greve, nem Petrobras, enumerou. Quem introduziu tudo isso foi Getúlio, destacou Hélio Costa. Para o senador, mesmo reconhecendo os defeitos do ex-presidente não se pode esquecer sua imensa importância histórica.

- Tudo isso valoriza ainda mais as transformações provocadas pelo governo de Getúlio Vargas. Ninguém fez mais até hoje pelos trabalhadores do que Getúlio. No governo dele a inclusão social não ficou só na retórica, foi efetivada com instrumentos como previdência social, Justiça do Trabalho e organizações sindicais - disse.

Hélio Costa lembrou que quando criança via o pai escutando pronunciamentos de Getúlio no rádio e rememorou a segurança que a voz do presidente transmitia ao dizer se dirigir à população com o histórico “trabalhadores do Brasil”. “Dava ao trabalhador a certeza de que tinha alguém do seu lado para proteger seus direitos”, disse.

O senador afirmou que Vargas em geral buscava a centralização do poder, mas sempre mostrava sua posição conciliatória. Apesar de ter tido a vida marcada pelo autoritarismo era um homem simples e cordial, mas inclinado à benevolência do que a hostilidade e vingança, observou.



24/08/2004

Agência Senado


Artigos Relacionados


Hélio Costa falará em audiência pública sobre plano nacional de banda larga

FRANCELINO DEFENDE PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA DE GETÚLIO VARGAS

SENADO HOMENAGEIA A MEMÓRIA DO EX-PRESIDENTE GETÚLIO VARGAS

Paim celebra memória de Getúlio Vargas: "o maior presidente que o Brasil já teve"

Investimento estrangeiro somou US$ 9,2 bi em fevereiro e continua forte em março

Mozarildo: aos 25 anos, a Constituição continua forte no coração do povo