Governador do Ceará visita o Estado








Governador do Ceará visita o Estado
Pré-candidato tucano à Presidência, Tasso estará em Porto Alegre e Novo Hamburgo

Candidatoà indicação do PSDB para a sucessão de Fernando Henrique Cardoso na Presidência da República, o governador do Ceará, Tasso Jereissati (PSDB) desembarca hoje, às 19h, no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre.

Depois de várias reuniões com empresários, na Capital e em Novo Hamburgo, Tasso embarca amanhã à noite para Santa Catarina.

O governador cearense comemorou ontem seu aniversário de 53 anos em três municípios diferentes do Ceará e encerrou o dia de festas ao lado de cerca de mil moradores da periferia de Fortaleza em uma apresentação de música e dança erudita. Em anos anteriores, o pré-candidato a presidente sempre preferiu comemorar o aniversário com a família e os amigos mais próximos.

De acordo com matéria publicada na edição desta semana da revista Época, que chegou às bancas ontem, Tasso teria anunciado a desistência de disputar a indicação do partido com o ministro da Saúde, José Serra, durante jantar no apartamento do deputado federal José Aníbal (SP), presidente nacional do partido. O ministro da Educação, Paulo Renato de Souza, e o senador Geraldo Melo (RN) teriam testemunhado o anúncio de Tasso, já comunicado a FH.
– Estou me envenenando com toda essa disputa – teria sido a justificativa de Tasso aos interlocutores.

As agendas de Tasso no Estado e em Santa Catarina, porém, desmentem os rumores de renúncia à disputa com Serra. Os temas de suas palestras são “O futuro do Brasil na era pós-FHC” e “Perspectivas Econômicas e Políticas para 2002”.

Em novembro, o governador cearense chegou a criticar Serra, o preferido de FH, em uma disputa por espaço nas inserções de propaganda eleitoral do PSDB no rádio e na TV. Tasso ficou irritado com as manobras atribuídas ao ministro para tentar evitar a aparição de pré-candidatos tucanos na propaganda do partido e criticou as aparições em cadeias nacionais de rádio e TV para divulgar as ações do ministério. Em busca de espaço para consolidar sua candidatura, Tasso esteve em São Paulo para fazer palestras e dar entrevistas em programas de TV.

No último sábado, no plenário da Câmara Municipal de Porto Alegre, a chapa liderada pelo deputado federal Nelson Marchezan e pelo atual presidente do partido, Jorge Gobbi, venceu as eleições para o diretório regional do PSDB. Dos 420 delegados que compareceram, 244 votaram no grupo de Marchezan e 176 na chapa adversária.

O grupo vencedor indicou 59 delegados, e a outra chapa, 41. Entre os delegados à convenção nacional, 12 pertencem ao grupo de Marchezan, e nove à chapa derrotada. Depois de anunciado o resultado da eleição, durante a primeira reunião do novo diretório, foi aprovada a proposta do deputado que adiou para a próxima quinta-feira, às 19h, a eleição da nova executiva estadual do partido. O encontro dos tucanos será na Assembléia Legislativa.


Telefone poderá aumentar 10%
O aumento de dois pontos percentuais sobre a alíquota do ICMS das telecomunicações, previsto no Programa de Incentivo ao Crescimento (PIC) em exame no Legislativo gaúcho, deverá significar um reajuste de 10% nas contas do consumidor.

A previsão é do presidente da Associação de Executivos de Telecom e Internet, Cristiano Tatsch.
– Isso vai ser um limitador para o mercado – disse Tatsch, afastando a hipótese de o reajuste não ser repassado ao consumido, possibilidade que tem sido considerada pelo Palácio Piratini.

O PIC deverá ser votado esta semana durante a convocação extraordinária do Legislativo. A proposta sugere a redução da alíquota do ICMS em cerca de 40 produtos e o aumento de um ponto percentual no índice do imposto sobre cigarros, cerveja e refrigerantes. No caso das telecomunicações, o aumento seria de dois pontos percentuais.

Os cálculos de Tatsch, ex-presidente da Companhia Rio-grandense de Telecomunicações (CRT) no governo de Antônio Britto (PPS, na época filiado ao PMDB), estão de acordo com a previsão apresentada pela presidente do Sindicato dos Auditores de Finanças Públicas, Janice Machado, também ex-integrante do governo Britto. Os prognósticos têm sido rebatidos pelo Executivo gaúcho.

O Sindicato dos Servidores de Tributação, Arrecadação e Fiscalização (Sintaf) informou não ter analisado o tema. Segundo nota veiculado no site do Sintaf na Internet, a arrecadação estadual deverá apresentar queda no próximo ano. “A arrecadação de dezembro será salva pela antecipação de receita do mês de janeiro, já que está bem abaixo do que se esperava inicialmente. Os primeiros estudos sobre a previsão da arrecadação de 2002 apontam um crescimento inferior a 4%, algo em torno de R$ 7,2 bilhões”, diz o texto, lembrando que a baixa interrompe um processo de crescimento da arrecadação de mais de 60% desde 1996.


Imunidade para crimes comuns deve ter fim
Proposta será votada em dois turnos

A imunidade parlamentar para crimes comuns deve acabar esta semana. A emenda parlamentar que põe fim ao privilégio, já aprovada na Câmara, será votada no Senado, em dois turnos. A promulgação está prevista para quinta-feira.

A urgência na votação foi possível pelo acordo de líderes de todos os partidos.

Apesar do consenso, o senador Jefferson Peres (PDT-AM) vai contestar a iniciativa no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele entra hoje com um mandado de segurança questionando a redução dos prazos de discussão da emenda. Segundo ele, a iniciativa abre um precedente perigoso para a Constituição.

– Os líderes violaram a Constituição – argumenta.

Peres alega que o Senado poderia votar a emenda este ano, sem encolher os prazo, se prorrogasse a autoconvocação até o dia 27.

A iniciativa do senador não altera a previsão de seus colegas quanto à votação do fim da imunidade parlamentar. O presidente do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS) acredita que o STF não vai interferir numa “decisão política” da instituição. Ele lembra que o requerimento que deu urgência à votação deixa claro que se trata de uma iniciativa excepcional, não aplicável a outras matérias.

– Estamos procedendo corretamente. O Supremo não vai interferir numa decisão política – alega Tebet.

Embora tramite há seis anos e a sua aprovação ajude a melhorar a imagem do Legislativo, a proposta não agradou a todos os parlamentares. O senador Pedro Simon (PMDB) afirma que em março vai tentar emendá-la para excluir o dispositivo que permite ao partido, apoiado pela maioria do plenário, suspender no STF as ações que considerar injustas. A medida que teria a finalidade de impedir processos movidos por interesses políticos é tida por Simon como “uma interferência nos atos do Judiciário”.

Pela emenda, deputados e senadores não poderão ser punidos por suas palavras, opiniões e votos. Já em casos de crimes comuns, como homicídio, extorsão e roubo, o STF fica autorizado a dar encaminhamento à ação, sem pedir a autorização da Câmara e do Senado.


Sorteio decide novo presidente da Câmara
Vereador Ademar Ornel (PFL) assume o cargo pela segunda vez

O presidente da Câmara de Vereadores de Pelotas para 2002 foi ungido pelas mãos de uma criança de nove anos.

Filha caçula do vereador Ademar Ornel (PFL), a pequena Amanda sorteou sábado o próprio pai ao pôr as mãos dentro do saco plástico com 11 papéis dobrados, cada qual com o nome de um membro do bloco de oposição. Ornel somou 11 votos contra os 10 de Otávio Soares (PL) – homem de confiança do prefeito Fernando Marroni (PT) que tentava a reeleição.

O rateio aleatório dos cargos da mesa, realizado sábado em um café da manhã na casa do vereador Mansur Macluf (PPB), foi a saída para unir os 11 vereadores do bloco de oposição. Com 10 votos, o governo esperava reeleger Soares com uma dissidência que acabou não se confirmando. Acertados os detalhes da coalizão, a oposição optou pelo sorteio. Assídua companheira do pai nas sessões, Amanda tirou primeiro o nome do vereador Júlio Honório (PFL), que recusou a presidência. Foi então que a sorte soprou para Ornel, advogado, legislador em terceiro mandato, que já presidiu a Câmara em 1997.

– Queremos garantir a autonomia entre os poderes, com respeito e sem subserviência – afirmou.
Os governistas, que se retiraram cabisbaixos depois da votação, abriram a sessão cientes da derrota. Mesmo com a adesão da pastora Ieda Barboza (PSDB), faltava um voto para manter o controle da mesa. Se a oposição sustentar a união, avalia-se nos bastidores, a prefeitura encontrará dificuldades semelhantes a que provocou a rejeição do IPTU progressivo. A vereadora e primeira-dama Míriam Marroni (PT), porém, espera reverter a desvantagem numérica apelando para critérios técnicos, e não político-ideológicos.

– Não é do nosso feitio cooptar alguém em troca de cargos e favores simplesmente para garantir vitórias – concordou Soares.

A eleição para a presidência na Câmara de Vereadores de Bagé também contrariou as expectativas do Executivo. O acordo assinado com 14 dos 21 vereadores em dezembro de 2000, que determinava as indicações para a mesa diretora durante os quatro anos no Legislativo, não foi cumprido.

O compromisso tinha sido firmado pelos vereadores que compõem a coligação PT, PDT, PSB e PFL com o prefeito Luiz Fernando Mainardi (PT). Em 2002, a presidência da Câmara seria de responsabilidade do PSB, com o ex-pedetista Ricardo Cougo. Encabeçada pelo vereador Ivan Lima (PDT), a chapa 2 venceu a eleição por 12 votos a oito, tendo uma abstenção.

Na última quarta-feira, Mainardi afirmou que acreditava no compromisso firmado entre os representantes dos partidos. Segundo ele, não havendo o cumprimento do que está assinado, os vereadores dariam uma imagem de desgaste para a ação política.


Lula e Suplicy disputam prévia
O presidente de honra do PT concordou em concorrer, mas não deve fazer campanha

Num discurso em que alternou os papéis de candidato presidencial e principal condutor político do PT, o presidente de honra do partido, Luiz Inácio Lula da Silva, encerrou ontem o 12º Encontro Nacional da sigla, em Olinda (PE).

Apesar da resistência inicial, Lula concordou em ser inscrito numa prévia contra o senador Eduardo Suplicy (SP) pela vaga de candidato, a ser realizada no dia 3 de março. Seu nome foi apresentado por 73 dos 91 integrantes do diretório nacional.

No discurso final, Lula fez pela primeira vez ataques diretos à candidata do PFL, Roseana Sarney, e defendeu a reaproximação com o PDT de Leonel Brizola, com o PPS de Ciro Gomes e com o governador de Minas Gerais, Itamar Franco (PMDB). Líder isolado nas pesquisas de intenção de voto, ele vinha se recusando a comentar o crescimento de Roseana nas pesquisas, sob o argumento de que esse seria um problema dos partidos que integram a base do governo federal. No encerramento do encontro, porém, admitiu que a pefelista “poderá ser um problema para nós”.
– Temos de saber como enfrentá-la. É um dado novo no cenário político de 2002, que nós não tínhamos previsto – afirmou.

Aclamado pela platéia como “presidente”, Lula conclamou as mulheres do PT a entrar em ação.
– Porque não basta ser mulher. É preciso ter compromisso com o povo pobre deste país e com as pessoas sofridas – avaliou.

Lula pediu empenho na busca de alianças. Seu argumento é de que o PT precisa ser mais generoso e retomar as conversas com antigos aliados, com quem hoje vive às turras, como o PDT de Leonel Brizola. Além disso, notou que para o PT chegar ao poder em 2002, será fundamental ultrapassar as fronteiras da esquerda na montagem dos palanques estaduais. Tudo como manda o figurino aprovado nos três dias do encontro de Olinda, que discutiu política de alianças e programa de governo e rechaçou teses caras às correntes mais à esquerda, como a reestatização de empresas privatizadas e o rompimento com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Embora o documento do encontro não mencione o PL, a coligação com o partido do senador José Alencar (MG), cotado para vice de Lula, pode receber sinal verde, pois está contemplada na frase sobre uma “ampla aliança com forças políticas da esquerda e do centro, que estejam em oposição a FH”.


Lula e Suplicy disputam prévia
O presidente de honra do PT concordou em concorrer, mas não deve fazer campanha

Num discurso em que alternou os papéis de candidato presidencial e principal condutor político do PT, o presidente de honra do partido, Luiz Inácio Lula da Silva, encerrou ontem o 12º Encontro Nacional da sigla, em Olinda (PE).

Apesar da resistência inicial, Lula concordou em ser inscrito numa prévia contra o senador Eduardo Suplicy (SP) pela vaga de candidato, a ser realizada no dia 3 de março. Seu nome foi apresentado por 73 dos 91 integrantes do diretório nacional.

No discurso final, Lula fez pela primeira vez ataques diretos à candidata do PFL, Roseana Sarney, e defendeu a reaproximação com o PDT de Leonel Brizola, com o PPS de Ciro Gomes e com o governador de Minas Gerais, Itamar Franco (PMDB). Líder isolado nas pesquisas de intenção de voto, ele vinha se recusando a comentar o crescimento de Roseana nas pesquisas, sob o argumento de que esse seria um problema dos partidos que integram a base do governo federal. No encerramento do encontro, porém, admitiu que a pefelista “poderá ser um problema para nós”.
– Temos de saber como enfrentá-la. É um dado novo no cenário político de 2002, que nós não tínhamos previsto – afirmou.

Aclamado pela platéia como “presidente”, Lula conclamou as mulheres do PT a entrar em ação.
– Porque não basta ser mulher. É preciso ter compromisso com o povo pobre deste país e com as pessoas sofridas – avaliou.

Lula pediu empenho na busca de alianças. Seu argumento é de que o PT precisa ser mais generoso e retomar as conversas com antigos aliados, com quem hoje vive às turras, como o PDT de Leonel Brizola. Além disso, notou que para o PT chegar ao poder em 2002, será fundamental ultrapassar as fronteiras da esquerda na montagem dos palanques estaduais. Tudo como manda o figurino aprovado nos três dias do encontro de Olinda, que discutiu política de alianças e programa de governo e rechaçou teses caras às correntes mais à esquerda, como a reestatização de empresas privatizadas e o rompimento com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Embora o documento do encontro não mencione o PL, a coligação com o partido do senador José Alencar (MG), cotado para vice de Lula, pode receber sinal verde, pois está contemplada na frase sobre uma “ampla aliança com forças políticas da esquerda e do centro, que estejam em oposição a FH”.


Capital será sede de fórum de juízes
O evento reunirá magistrados de todos os continentes em 2002

Porto Alegre será sede do 1º Fórum Mundial de Juízes entre os dias 31 de janeiro e 2 de fevereiro de 2002.

O encontro reunirá juízes da Espanha, Itália, Estados Unidos, França, Alemanha, Inglaterra, Índia e Guiné Bissau, entre outros.

O evento integra o 2º Fórum Social Mundial. Magistrados de todos os continentes vão examinar as diversas realidades, a democratização e o acesso da população ao Poder Judiciário.

O movimento por um Poder Judiciário mais democrático iniciou-se na Espanha há 10 anos e culminou na organização das Associações de Juízes pela Democracia no Brasil, entidade idealizadora do evento. O fórum será um espaço de discussão e de aperfeiçoamento das instituições judiciais Seus idealizadores pretendem, a partir dos debates de Porto Alegre, torná-lo um espaço permanente de discussão, reflexão e conscientização da população sobre o tema.

Realizado sob a forma de conferência inaugural, painéis de discussão, depoimentos e tribuna livre, o FMJ vai ser realizado em três idiomas (português, inglês e espanhol) e já tem a presença confirmada do presidente do Comitê dos Direitos Humanos da ONU, o indiano P. N. Bhagwatii.


Senador sonha com 2006 e sofre isolamento
A insistência do senador Eduardo Suplicy (SP) em disputar a indicação presidencial do PT não se deve apenas à vaidade, mas obedece a um cálculo político.

Ao forçar a disputa com Luiz Inácio Lula da Silva, o senador tenta largar na frente como possível representante da sigla na disputa de 2006.

Suplicy sabe que, independentemente do resultado, o pleito de 2002 encerrará o ciclo de Lula como candidato presidencial. Em 1999, derrotado pela segunda vez pelo presidente Fernando Henrique Cardoso na corrida ao Palácio do Planalto, Lula convocara petistas de renome a acompanhá-lo pelo país para construir possíveis candidaturas presidenciais. Entre os citados, estavam o ex-governador do Distrito Federal Cristovam Buarque, o prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro, e o próprio Suplicy. Envolvidos em agendas regionais, nenhum atendeu ao chamado. A queda da popularidade de FH apanhou o PT com um único nome capaz de disputar com chances a Presidência. E Lula já deu mostras de que desempenha o papel com gosto.

Com o ar desajeitado que lhe rendeu simpatias dentro e fora do partido, Suplicy revelou-se um mestre da autopromoção. Transformou o projeto de renda mínima em bandeira, tirou partido da eleição da mulher, Marta Suplicy, para a prefeitura de São Paulo e, em seguida, da separação e navega na popularidade do filho, o roqueiro Supla.

Na Articulação Unidade na Luta, grupo moderado ao qual pertencem Lula e Suplicy, há esperança de que o senador recue. O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, do setor mais à esquerda, retirou a candidatura ao perceber que não conseguiria reunir as assinaturas necessárias (40% dos integrantes do diretório nacional) para concorrer. Lula sinalizou que não fará campanha para a prévia. Suplicy tende a se isolar internamente.

– Suplicy sairá da prévia menor do que entrou – garante um integrante do diretório.


Bernardi diz que PPB não é linha auxiliar
O candidato do PPB ao governo do Estado, Celso Bernardi, disse ontem que seu partido não aceita mais cumprir o papel de “linha auxiliar” de outras siglas nas eleições para o Palácio Piratini.
Ele acrescentou que o partido tem candidato próprio e que vai disputar a eleição.

– Gostaria que o PPB fosse reconhecido assim.

Bernardi disse que não acredita na confirmação das candidaturas do ex-governador Antônio Britto (PPS) e do presidente da Assembléia Legislativa, Sérgio Zambiasi (PTB), ao cargo.

– Se converso com eles e me dizem que não são candidatos, tenho de acreditar – disse o pepebista.

Bernardi acrescentou que procurou Britto e Zambiasi com o objetivo de compor uma coligação para a disputa.

Ex-deputado e presidente estadual do PPB, Bernardi afirmou ser “melhor inclusive que Britto” como candidato. Ainda assim, reconhece que o ex-governador é um nome forte na disputa, pelo fato de haver enfrentado cinco vezes o governador Olívio Dutra (PT) nas urnas (contabilizando a eleição para a prefeitura da Capital em 1988 e os dois turnos dos pleitos de 1994 e 1998 para o governo do Estado).

O PPB foi o primeiro partido a lançar candidato oficial ao Piratini para as eleições de 2002. Bernardi venceu em prévia o deputado Fetter Júnior, que também pleiteava a vaga de candidato ao Piratini. O presidente da sigla tenta fechar uma aliança com o PFL e com o PSDB.


Artigos

Angústias e angústias
PAULO BROSSARD

Tenho lido e ouvido opiniões otimistas acerca do que vai pelo país em seus variados segmentos. Bem que eu gostaria de participar dessa visão rósea e doce. Contudo, alguns dados continuam a martelar em meu espírito e alimentar minhas preocupações, que não são poucas. Darei alguns exemplos, escolhidos a esmo. Quando vejo o que ocorre na Argentina, país que tinha tudo para assegurar a seu povo vida farta e tranqüila, não posso deixar de conferir o que lá foi feito com o que aqui vem sendo feito. A espantosa crise do país vizinho não surgiu de um dia para o outro. Assim, o que tem sido e continua a ser praticado por conta do potencial econômico da nação não pode levar a bom termo. Segundo fonte idônea, a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB chegou a um ponto que se diria desconfortável, que é uma expressão adocicada. Em 1994, a dívida representava 28% do PIB, no fim de 2001 deve chegar a 55%. O crescimento foi vertiginoso, não há como negar. Segundo a mesma fonte, serão necessários oito anos de disciplina na área para trazer a dívida ao nível de 46,5% do PIB, que foi originariamente previsto pelo governo no acordo com o FMI. Na apreciação de um especialista na matéria, “não significa que vamos ficar na situação da Argentina, nossa dívida não vai explodir e a tendência no tempo é melhorar, mas os cenários nos mostram que a taxa real de juros implícita para o cálculo da evolução da dívida pública ainda será muito alta no final da década, acima do que se projeta para a variação do PIB”. Quer dizer, o que se passa na Argentina não nos preocupa, porque “nossa dívida não vai explodir”, contudo, no final da década 2010, a evolução da dívida líquida do setor público será maior do que a suposta variação do PIB. Aleluia! Importa isto em dizer que, qualquer que seja o sucessor do atual presidente, sua herança vai pesar até 2010, tudo correndo bem, sem a superveniência de nenhum acidente, aqui ou fora.

Que resta a essa gente que trabalha e produz, sem nada esperar
em retribuição a esse esforço?

Os jornais de ontem informaram que o Federal Reserve, pela 11ª vez consecutiva no ano, reduziu a taxa de juros nos EUA. Era de 2%, caiu para 1,75%, a menor desde 1961. No Brasil, durante oito meses seguidos, o Copom manteve os juros em 19%, em nome da estabilidade; enquanto isso, o juro do cheque especial, em outubro, dizia-se que era de 159% ao ano, mas eu tenho diante dos olhos publicação insuspeita segundo a qual ela é de 246%. É melhor não comentar. E enquanto isso o Brasil continua vendendo seu patrimônio, feito quando ele vivia e crescia com o juro real de até 12% ao ano, aliás, como prescreve a Constituição. Por acaso ou não, a pobreza, que diminuíra no primeiro quatriênio do governo atual, voltou a crescer no período da reeleição. E o desemprego voltou a aumentar, cancelando praticamente os postos de trabalho abertos em meados deste ano.
Isto já bastava para manter o espírito alerta quanto à publicidade oficial, que pinta um Brasil ideal.

Mas há coisas mais graves. O seqüestro de pessoas para fins de extorsão tornou-se atividade regular e próspera. Para sua regularidade formal falta apenas a fundação do seu sindicato, e isto dá a medida da desagregação moral da sociedade.

Outro dado alarmante, que vai passando como rotineiro, se liga à deterioração de ordem jurídica. Um movimento paramilitar, sem endereço e sem existência legal, anunciou pelos meios de comunicação que promoveria uma série de invasões em propriedades rurais privadas, com o fito de forçar o governo federal a atender promessas que teria feito e deixado de honrar. No dia marcado efetivou as invasões, infringindo danos de toda ordem a pessoas honradas, trabalhadoras, geradoras de trabalho e riquezas. Não houve uma autoridade, federal ou estadual, que, no estrito cumprimento de dever legal, cuidasse de cumprir e fazer cumprir a lei. É natural, por isso mesmo, que reine crescente intranqüilidade no Rio Grande, diante da inércia absoluta do governo federal e da conivência ostensiva do governo estadual com a ilicitude. Que resta a essa gente que trabalha e produz, sem nada esperar em retribuição a esse esforço, quando nem sequer os serviços públicos existem para ela? Parece que há quem deseje um desfecho de violência. Seria útil para a causa da desordem organizada. Mas seria extremamente perigoso para o país. A quem achar que exagero, peço que leia, se não leu, o artigo “A desordem como método”, do desembargador Adroaldo Furtado Fabrício, que até há pouco foi presidente do Tribunal de Justiça do Estado. Judicioso como de costume, contém observações valiosas e oportunas.


Colunistas

ANA AMÉLIA LEMOS

Integração e burocracia
O levantamento feito pela Secretaria de Planejamento e Investimento Estratégico sobre o tempo gasto no transporte de cargas na região do Mercosul e na fronteira entre o Brasil e a Venezuela apresentou resultado surpreendente. Um caminhão de carga que leva mercadorias de São Paulo para Santiago do Chile consome na viagem 200 horas. Metade desse tempo é gasto com paradas em aduanas brasileiras, argentinas e chilenas, constatou o levantamento. O mesmo vale para a Região Norte. Um caminhão de carga, saindo de Manaus para Caracas, capital da Venezuela, consome em viagem quatro dias, mas o total do percurso chega a uma semana, pelos mesmos motivos. Ou seja, a burocracia encarece o comércio na região.

O engenheiro José Paulo Silveira, que coordena o trabalho na integração dos sistemas de transportes e energético no Mercosul e em outras fronteiras, ficou impressionado com esses números. Apesar dessa realidade, que representa uma enorme barreira no processo de integração regional, mostra os avanços conseguidos para prometer que, daqui a uma década, a eficiência nas aduanas das fronteiras brasileiras será semelhante à realidade da fronteira do Canadá com Estados Unidos ou das fronteiras entre os países da União Européia.

Otimismo à parte, o fato é que o motor dessas mudanças, seja no campo dos transportes, seja na área de energia, será o volume de investimentos privados previstos em uma centena de projetos em andamento. Cita o caso dos gasodutos Bolívia-Brasil e Argentina-Brasil, que estão prontos ou sendo concluídos. O interesse dos investidores estrangeiros nessas áreas mostra a importância que terão no processo de integração da América Latina, que precisa se preparar para a implantação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), prevista para 2005. Apesar das resistências brasileiras, por conta das barreiras protecionistas americanas ao setor agrícola, o projeto vai sair e, mais cedo ou mais tarde, o Brasil terá de decidir se fica dentro ou fora dessa área, programada para ser o maior bloco comercial do mundo.


JOSÉ BARRIONUEVO

PDT faz festa para Fortunati
Um grande público se aglomerou ontem nos pavilhões da Fenac, em Novo Hamburgo, para o lançamento da candidatura do vereador José Fortunati ao governo do Estado. A pré-convenção estadual do partido reuniu prefeitos, vice-prefeitos, deputados estaduais e federais e delegados de várias regiões do Rio Grande do Sul. O encontro deu a largada da campanha do PDT no Estado e a busca de alianças com outros partidos.

Leonel Brizola chegou à Fenac com cerca de três horas de atraso e foi aclamado como candidato à Presidência da República. O presidente nacional da sigla ressaltou que agora se inicia a corrida por alianças. Como possibilidades, apontou o partido de Antônio Britto, o PPS, e o PTB de Sérgio Zambiasi. Presidente regional do partido, Airton Dipp antecipou que são descartadas coligações com o PT, que governa o Estado, o PSDB e o PFL, partidos do governo de FH.

Estilac confia no acordo para a nova Mesa
De Recife, onde participava do 12º Encontro Nacional do PT, o vereador Estilac Xavier, líder do governo Tarso, disse que não tem motivos para desconfiar que o acordo firmado entre o Bloco Democrático Popular (PT-PC do B-PSB) e o Bloco Democrático Liberal (PPB-PFL-PSDB-PMDB) não seja cumprido. O troca-troca de vereadores e o surgimento de novas bancadas não chegam a ser motivo de preocupação para Estilac:
– Não estou preocupado, acordo assinado não se interpreta, se cumpre – comentou.
Acredita que o próprio Reginaldo Pujol, do PFL, que será o presidente no quarto ano pelo rodízio, vai honrar o acordo.
Estilac localiza a única resistência no líder do PDT, Nereu D’Ávila. A bancada do PDT, com seis votos, e a do PTB, hoje com dois vereadores e que já teve seis (Bloco Democrático Trabalhista), ficaram fora do acordo.

PPB celebra fim das vistorias
Presidente regional do PPB, Celso Bernardi celebra o cancelamento das vistorias nas propriedades rurais. Nos roteiros pelo Interior, a defesa do setor primário foi tema de seus pronunciamentos no fim de semana. Na quinta-feira, Bernardi participou da audiência pública promovida pela Comissão da Agricultura, presidida por Frederico Antunes, também do PPB, que foi decisiva para que o Incra revisasse seus critérios. O superintendente Jânio Guedes da Silveira participou do evento.

• Comício na Restinga – Depois de 15 anos sem dedicar atenção ao bairro com maior densidade populacional da Capital, o PPB voltou sábado suas atenções para a Restinga, na posse da executiva da zonal 161, presidida por Alda Rodrigues. Candidato ao Piratini, Bernardi lembrou que no governo Villela, ainda na ex-Arena, foram construídas 14 mil casas no bairro.

Pressão total do Piratini sobre os deputados
Com o início, hoje, da convocação extraordinária dos deputados estaduais, o Palácio Piratini fará pressão total sobre a Assembléia Legislativa na tentativa de aprovar o único dos quatro projetos encaminhados que encontra forte resistência na oposição: o Programa de Incentivo ao Crescimento.

Com as alterações na proposta original, o chefe da Casa Civil, deputado Flávio Koutzii, pretende acampar no Palácio Farroupilha, disposto a ampliar a receita no último ano de Olívio Dutra com aumento de impostos.

Em busca de maior controle do gasto público
Com apenas 2% de economia na racionalização dos gastos, o Estado assegura R$ 260 milhões em um ano, três vezes mais do que pretende o governo com o aumento de impostos. Dentro deste raciocínio e inspirado na economia feita pela mesa da Assembléia este ano, o deputado Onyx Lorenzoni, do PFL, levou ao presidente da Assembléia, deputado Sérgio Zambiasi do PTB, um documento para a realização de um seminário sobre o tema, com a participação de outras Assembléias por meio do sistema Interlegis de vídeo, que começa a ser instalado em todos os parlamentos estaduais e já funciona no Congresso Nacional.

Onyx observa que as metas estabelecidas por Zambiasi no início de sua gestão foram atingidas em seis meses, adaptando a Assembléia à Lei de Responsabilidade Fiscal sem comprometer o trabalho parlamentar. O presidente gostou da idéia e pretende capitanear um debate nacional sobre controle do gasto público.

Mirante
• Secretário de Obras, Edson Silva reuniu sua equipe de trabalho durante todo o sábado, no auditório da Procergs, para avaliar o ano e projetar ajustes para 2002.

• Um dos líderes do PC do B, Edson Silva não pretende concorrer a deputado federal, não precisando se desincompatibilizar em abril.

• Na próxima semana deverá ocorrer uma reunião entre o presidente da Câmara, Fernando Záchia (PMDB), e Estilac Xavier, indicado pelo PT para ser o seu sucessor. Participam outros líderes.

• A eleição da nova mesa da Câmara está marcada para o dia 3 de janeiro.

• Feito o lançamento de sua c andidatura, ontem, Fortunati começa a percorrer o Estado, mantendo contato com a base militante e entidades de classe. O objetivo é fazer um diagnóstico sobre a situação do RS e elaborar o programa de governo. Prioridade para educação e a segurança

• Olívio Dutra recebe a imprensa amanhã com um jantar no Palácio Piratini. Os jornalistas que estão no índex não estão na lista dos convidados.

• Grupo de Laerte Meliga, a Unidade Popular Socialista continua jogando tudo na candidatura de Olívio à reeleição.

• Na conversa entre moderados no encontro em Recife, a chapa dos sonhos do grupo light: Tarso e Pont para o governo, Olívio e Paim para o Senado. Na hipótese de a Ação Democrática indicar o vice, o nome mais forte é o deputado Ivar Pavan

• Está sendo marcada uma audiência com o presidente FH para a entrega do relatório, elaborado por João Luiz Vargas (PDT), da audiência pública da Comissão da Agricultura sobre a reforma agrária e a produtividade dos reassentamentos.

• Sob o comando do deputado Frederico Antunes, a comissão de Agricultura teve atuação forte em três áreas de conflito: a aftosa, o endividamente agrícola e a revisão dos índices de produção a partir das vistorias.


ROSANE DE OLIVEIRA

Um vice para Tarso
O silêncio do governador Olívio Dutra em relação a suas pretensões para 2002 e o bom desempenho do prefeito Tarso Genro nas pesquisas tornam inevitáveis as especulações sobre quem será ... o candidato a vice-governador. A disputa por essa vaga promete. No PT, vice não é apenas a figura que substitui o titular nos seus impedimentos, mas um dos principais executores das políticas do governo.

Olívio não jogou a toalha, a Democracia Socialista ainda mantém o apoio ao governador, mas seus principais líderes admitem a possibilidade de Tarso ser o candidato. Sem prévia. E tanto Raul Pont como Miguel Rossetto aceitariam o papel de vice de Tarso, embora registrem sua preferência pela reeleição de Olívio. Ao estilo “soldados do partido”, Pont e Rossetto dizem que serão candidatos ao que o PT quiser: governador, senador, vice, deputado federal e até deputado estadual.
Curioso é que quando fala em vices ,Tarso não cita nem um, nem outro. Dá a entender que está na hora de acabar com a hegemonia da DS. Por essa ótica, o vice deveria ser alguém de outra corrente, com capacidade de aglutinação – alguém com o perfil do deputado Ivar Pavan. Pode ser simples conversa de começo de jogo ou o troco pelo isolamento imposto pela DS a ele e a seus companheiros em 1998, quando não quis ser vice de Olívio.
Por mais que consiga apoio interno para sair candidato de consenso, Tarso não pode ignorar a força da DS. Sabe também que qualquer que seja o candidato, o PT só terá possibilidade de vitória se passar por cima das divergências internas e colocar seu exército na rua sem deserções.
Pont é o vice dos sonhos da corrente PT Amplo, por ser um dos mais respeitados líderes do partido. Rossetto teria a vantagem de defender o governo com unhas e dentes – porque Tarso não será o candidato da oposição.

Agora vem o recesso de verão, um tempo impróprio para decisões. Enquanto os gaúchos lotam as praias do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, os partidos seguirão monitorando os efeitos da CPI sobre a imagem do governador, por meio de pesquisas. O que mais assusta os petistas são os índices de rejeição de Olívio. Os pragmáticos do PT dizem que é preciso apresentar uma novidade ao eleitor e que nada poderia ser mais velho do que Antônio Britto de um lado e Olívio de outro, pela terceira vez consecutiva, mais uma na prefeitura de Porto Alegre.

Os candidatos ainda não estão definidos, mas de uma coisa governo e oposição têm certeza: a eleição de 2002 será a eleição mais selvagem de todos os tempos.


Editorial

O país que não lê

Depois de duas pesquisas recentes que demonstraram o mau relacionamento dos jovens brasileiros com a leitura, uma terceira, divulgada na última semana, traça um quadro ainda mais alarmante da questão. Estudo efetuado pelo Instituto Paulo Montenegro, entidade ligada ao Ibope, concluiu que escassos 26% dos homens e das mulheres deste país dominam inteiramente habilidades básicas como ler e escrever. Outros 65% são alfabetizados, mas revelam deficiências nesses campos. Já o analfabetismo atinge 9% da população.

Depois de entrevistadas e avaliadas 2 mil pessoas em todo o país, a entidade dividiu-as em três grupos. No primeiro foram colocadas as que só conseguem ler textos muito curtos, como títulos ou anúncios. No segundo situaram-se as capazes de entender textos maiores, como uma pequena reportagem jornalística. E no terceiro foram classificadas as que dominam a leitura de textos longos. Seria de esperar que, ao final das oito séries do fundamental, um adolescente se enquadrasse nesse último nível. Tal contudo não ocorre: apenas 42% lêem sem dificuldades.

A esta altura é pertinente indagar: onde falhou nosso sistema de ensino?

Não se trata de uma constatação isolada. Bem ao contrário, confirma o diagnóstico do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), pesquisa na qual o Brasil colocou-se na última posição entre 32 nações, por se haver verificado que nossos estudantes da faixa etária de 15 anos eram capazes de identificar letras, palavras e frases, mas não de compreender o sentido do que liam. Posteriormente, os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) permitiriam constatar que grande percentual de estudantes chega praticamente às portas da universidade sem conhecer regras elementares de gramática ou expor idéias por escrito.

A esta altura é pertinente indagar: onde falhou nosso sistema de ensino? Desde logo é preciso considerar que em geral convivemos no Brasil com sérios problemas de aprendizagem, decorrentes tanto da exclusão social quanto da falta de correspondência entre a idade e a série cursada pelo aluno, inadaptação que é um dos mais graves subprodutos da repetência. Cumpre lembrar igualmente que ainda hoje sofremos os efeitos da desastrosa reforma de 1971, que valorizou tendências pedagógicas reprovadas em nações desenvolvidas.
Para que se tenha noção de seu triste legado, a própria língua portuguesa foi rebatizada de comunicação e expressão. Obviamente, no entanto, para estudantes divorciados da leitura, nada comunicava ou exprimia de relevante. Pois aí se situava seu cerne: a deformação da Lei de Diretrizes e Bases relegou a discretíssimo plano o estudo de humanidades e com ele o hábito da leitura. Sem que superemos essa herança maldita, dificilmente conseguiremos que nosso sistema educacional prime pela qualidade e, além de ler e escrever, ensine a pensar.


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12/17/2001


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