Governo Central tem superávit primário de R$ 770,2 mi em julho



O resultado primário do Governo Central (Tesouro Nacional, Receita Federal, Previdência Social e Banco Central) alcançou um superávit primário de R$ 770,2 milhões no mês de julho, acima do saldo positivo de R$ 664,6 milhões registrados em junho. Os dados, divulgados pelo Tesouro nesta quinta-feira (26), revelam que o Governo Central obteve receitas líquidas de R$ 59,996 bilhões, contra despesas de R$ 59,226 bilhões no período.

No acumulado de janeiro a julho, o superávit foi de R$ 25,6 bilhões, R$ 5,6 bilhões superior ao apurado no mesmo período de 2009. “Reitero a nossa convicção de cumprimento da meta de primário em 2010, sem utilizar o PPI e sem utilizar Fundo Soberano”, afirmou o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, ao comentar os dados.


A Previdência teve déficit de R$ 2,6 bilhões, sendo que a área urbana foi superavitária em R$ 900 milhões: “Pelo quarto mês consecutivo o resultado da previdência urbana foi positivo. Há uma estabilidade na situação previdenciária”, disse Arno.


Em julho, a receita bruta do Tesouro Nacional cresceu R$ 7,3 bilhões, com registro do recolhimento semestral do IRRF Rendimentos de Capital e o pagamento da primeira cota do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), referente à apuração trimestral encerrada em junho, e o pagamento trimestral de royalties relativos à extração de petróleo.


Gasto com pessoal sob controle


As despesas com pessoal e encargos aumentaram R$ 3,5 bilhões em julho devido ao adiantamento da parcela do décimo-terceiro salário dos servidores do Poder Executivo. O secretário destacou que as despesas com pessoal estão 4% abaixo do PIB nominal há sete meses. “Não há nenhuma explosão de gastos com pessoal, não se projeta isso para este ano, não se projeta isso para o ano que vem”, disse Arno.


Na relação com o PIB nominal, as receitas cresceram 2,9%. O secretário avaliou de forma positiva a evolução das receitas. “Acho que vai manter uma tendência de crescimento real acima de 10%, podendo até acelerar um pouco”. O investimento cresceu 67%, com pagamento acumulado chegando em R$ 25,1 bilhões até julho de 2010, contra R$ 15 bilhões no mesmo período do ano passado.


Sobre a revisão da meta intermediária acumulada de janeiro a agosto de 2010, que era de R$ 40 bilhões e passou para R$ 30 bilhões, o secretário explicou que o ajuste foi realizado para adequar o fluxo real em relação ao segundo semestre, considerando o ritmo dos gastos com investimentos e do crescimento da receita.


O Tesouro esclareceu que a meta de superávit para o ano não foi alterada. “Nós sempre revisamos as metas intermediárias ao longo do ano”, disse o secretário. “O Brasil cumpre a meta há muitos anos, tem uma estabilidade fiscal muito forte. Isso é reconhecido pelo mercado na hora que ele se posiciona. E o mercado real é o custo dos títulos. Basta verificar a série”, concluiu Arno.


Fonte:
Ministério da Fazenda

 



26/08/2010 20:12


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