Governo discute legado social da Copa 2014 e das Olimpíadas 2016



Focados no legado social da Copa do Mundo e das Olimpíadas, eventos esportivos internacionais que o Brasil sediará respectivamente, em 2014 e 2016, representantes do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Ministério do Esporte e Fundação Nacional do Índio (Funai) reuniram-se na terça-feira (7) com a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros. 

O objetivo da reunião foi articular ações e estratégias que, aproveitando o clima gerado pela realização dos eventos mundiais, possibilitem a participação e a inclusão social, considerando as diversidades étnicas e culturais e a garantia de continuidade das ações implementadas em função dos megaeventos. 

Durante a audiência, o diretor regional para a América Latina e Caribe da Unicef, Bernt Aasen, entregou à ministra uma declaração aprovada pelos participantes do Encontro dos Adolescentes pelo Direito ao Esporte Seguro e Inclusivo, que reuniu jovens de 11 países em 7 de abril, no Rio de Janeiro. Intitulado “Esporte não é para Alguns, é para Todos!”, o documento trata da vulnerabilidade juvenil em megaeventos esportivos, segurança pública, meio ambiente, cidadania, entre outras consequências econômicas, sociais, políticas, educacionais e da área de saúde. 

Segundo a ministra, a movimentação da Seppir em torno dos dois eventos esportivos está direcionada à priorização de ações pela inclusão da população negra, principalmente no campo do trabalho e do incentivo ao empreendedorismo. A proposta, de acordo com sua explicação, está sendo elaborada sob inspiração dos Jogos de Atlanta, Estados Unidos, realizados em 1996, marcando os 100 anos dos jogos olímpicos da era moderna. 

“Estamos analisando a experiência de Atlanta que, historicamente é reconhecida como berço do capitalismo negro norte-americano, e onde as olimpíadas deixaram um saldo social positivo”, declarou a titular da Seppir. 

Para a secretária nacional de Desenvolvimento de Esporte e de Lazer do Ministério do Esporte, Rejane Rodrigues, o foco das articulações deve ser a contribuição dos grandes eventos para o esporte e a participação, e para o direito ao esporte e lazer. Já o presidente da Funai, Márcio Augusto de Meira, falou sobre a importância do esporte para as comunidades indígenas, destacando que a atividade pode ajudar em situações de maior vulnerabilidade das crianças. “A prática de esportes nas tribos vai além das modalidades ocidentais como o futebol. Tem a corrida de toras, a canoagem e as lutas ou Uca-Uca”, explicou. 

 

Fonte:
Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial



08/06/2011 17:07


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