Governo paulista vai adotar sistema de flotação no Projeto de Despoluição do Rio Pinheiros
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O Projeto de Despoluição do Rio Pinheiros do Governo do Estado vai adotar o sistema de flotação para a limpeza da água. A informação foi dada na tarde desta terça-feira, dia 23, pelo secretário de Meio Ambiente, Ricardo Tripoli. A técnica utiliza a adição de produtos químicos que provocam a aglutinação de partículas poluentes. Depois, com injeção de oxigênio, todo detrito sobe para a superfície e é dragado por equipamento apropriado. Para se ter idéia da eficiência do sistema de flotação, Tripoli mostrou uma tabela com parâmetros de qualidade avaliados antes e depois da instalação de uma estação do gênero no Córrego do Sapateiro, localizado no Lago do Ibirapuera. A turbidez da água (transparência) melhorou 92,11%, já a remoção de coliformes fecais foi de 99,39%. Para a despoluição do Rio Pinheiros serão adotadas sete estações de flotação, quatro delas instaladas nos afluentes e três dentro do próprio Pinheiros. “Conforme instalarmos os equipamentos, já vamos pôr a estação em funcionamento”, explica ele. O secretário estadual reiterou que no próximo dia 1º de fevereiro será anunciado, no Palácio dos Bandeirantes, a data do edital de licitação pública do projeto, que deve ocorrer no dia 15 do mesmo mês. O evento também vai detalhar com fotos e mapa do rio Pinheiros como o projeto será desenvolvido, além das plantas de cada estação de flotação. O projeto vai custar cerca de US$ 100 milhões e será executado pela iniciativa privada. A manutenção dos serviços ficará a cargo do Governo e custará em torno de US$ 3 milhões a US$ 4 milhões mensais. Para obter esse recurso, as secretarias do Meio Ambiente e de Energia desenvolveram um modelo de licitação que prevê a venda antecipada de energia da Usina Henri Borden. A usina trabalha hoje com cerca de 30% da sua capacidade e as outras 70% estão ociosas. “A idéia é usar os recursos da venda antecipada dessa energia para o projeto de despoluição do Rio Pinheiros”, explica Tripoli. Bombeamento para a Billings A intenção do Governo é implantar a primeira estação de flotação ainda em junho deste ano e, no decorrer de oito meses, pôr em funcionamento as outras sete estações. Após a implantação das oito, será possível realizar o bombeamento da água do Rio Pinheiros para a Represa Billings. Essa operação não é permitida pela Constituição Estadual enquanto a qualidade da água do rio não melhorar significativamente. “O grande mote desse projeto é que quem vai comprar a energia não está preocupado com isso, mas com a parceria que vai fazer na despoluição do Rio Pinheiros”, avalia Tripoli. Qualquer empresa privada, pondera ele, que queira ter uma marca forte, sólida, envolvida num projeto ambiental vai concorrer nesta licitação. “Acho que este é o maior projeto ambiental que o Governo do Estado está desenvolvendo”. Tripoli explicou que o processo de licitação terá uma cláusula sobre o risco de qualidade da água, que ficará sob responsabilidade da empresa ganhadora da licitação. “Se amanhã a qualidade da água não tiver boa, a empresa não terá um determinado repasse de energia”, explicou o secretário. O Governo do Estado fará o monitoramento da aplicação dos recursos e a fiscalização. A empresa vencedora da licitação será respons01/23/2001
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