Governo pretende oferecer formação no exterior a 75 mil estudantes
Até 2014, 75 mil estudantes poderão ir ao exterior, com bolsas de estudo e passagens aéreas pagas, além de seguro médico. Alunos que cursam desde o nível médio até o pós-doutorado serão beneficiados por um novo programa de internacionalização, o Ciências sem Fronteira. O projeto-geral da iniciativa será apresentado à presidenta Dilma Rousseff no próximo dia 15 pelos ministros da educação, Fernando Haddad, e da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. Os primeiros bolsistas devem ser selecionados no primeiro semestre de 2012.
Nesta terça-feira (7), o ministros apresentaram a primeira versão do programa a reitores, pró-reitores e assessores internacionais das universidades federais, dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia e das Instituições de Ensino Superior. Também estiveram presentes na ocasião os presidentes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães, e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucios Oliva.
Entre as diretrizes a serem adotadas no programa, estão o critério da meritocracia (beneficiar os melhores alunos) e a utilização da modalidade bolsa sanduíche, pela qual o estudante precisa voltar ao Brasil para conclusão do curso.
A Capes disponibilizará 40 mil bolsas para o programa, com estimativa de investimento de US$ 936 milhões ao longo de quatro anos. O CNPq será responsável por outras 35 mil bolsas. “Para ter ideia da amplitude do programa, basta comparar o número atual de bolsas concedidas em 2010 — 5,3 mil — as 75 mil que serão ofertadas em três anos”, disse o ministro Mercadante.
Segundo o plano apresentado pela Capes, 65% das vagas oferecidas pela autarquia serão para graduação e doutorado sanduíche. A previsão da Capes é oferecer 8 mil bolsas em 2011, 13 mil em 2012, 17 mil em 2013 e 21 mil em 2014.
Tecnologia
O novo programa pretende atender áreas consideradas prioritárias para o desenvolvimento do País. Dada a escassez de mão de obra qualificada em engenharia e tecnologia, tais setores serão o ponto central da iniciativa. “São áreas em que o mercado de trabalho está aquecido e há déficit de pessoal”, disse Mercadante. “Para cada 50 formandos no País, temos apenas um engenheiro.”
Uma das novidades da iniciativa é a concessão de bolsas a estudantes de cursos técnicos de nível médio: serão três mil em três anos. Os estudantes de educação profissional também serão beneficiados. “Teremos 15 mil bolsas: 6 mil para cursos superiores de tecnologia, 3 mil para licenciatura em matemática, física, química e biologia, 3 mil para bacharelado tecnológico e 3 mil para estudantes de nível médio”, afirmou o secretário de educação profissional e tecnológica do Ministério da Educação, Eliezer Pacheco.
Ainda na fase preliminar de negociação, o Ministério da Educação manteve conversações com instituições de ensino de vários países. Nos Estados Unidos, das 97 universidades contatadas, 95% manifestaram interesse em receber estudantes brasileiros. Elas oferecem alojamento gratuito, estágios de pesquisa e treinamento prévio em língua inglesa.
“O novo alvo são as 100 melhores universidades do mundo. Queremos colocar os nossos jovens talentos nos melhores centros de formação do mundo. Já estamos com as negociações adiantadas com os chefes de Estado dos Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, França e Portugal”, informou o ministro Aloizio Mercadante.
Fonte:
Ministério da Educação
Ministério da Ciência e Tecnologia
Agência Brasil
07/06/2011 18:54
Artigos Relacionados
Café com a Presidenta: Governo vai investir em formação dos trabalhadores e dos estudantes
Programa vai oferecer formação e capacitação para negros e índios
(Flash) - Centro de Formação Profissional de Guaianazes irá oferecer qualificação e requalificação a
(Flash) - Centro de Formação Profissional Fazenda da Juta irá oferecer cursos nas áreas de informáti
Institutos federais poderão oferecer cursos de formação de educadores em nível médio e superior
Irlanda vai oferecer 2 mil bolsas de estudo para estudantes brasileiros de graduação