Governo reduz para 1% previsão de crescimento da economia em 2009



O Ministério do Planejamento enviou ao Congresso Nacional, nesta quarta-feira (20), o relatório de avaliação de receitas e despesas do segundo bimestre. O texto reduz, em razão da crise financeira mundial, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2009 para somente 1%. Na primeira estimativa bimestral, o Executivo projetou um crescimento da economia da ordem de 2%.

Mesmo com a previsão de desaceleração da atividade econômica, os técnicos do Ministério do Planejamento trabalham com a possibilidade de ampliação nos gastos governamentais de R$ 9,1 bilhões, dos quais R$ 6 bilhões serão destinados ao Programa Minha Casa Minha Vida e R$ 3 bilhões para despesas discricionárias dos órgãos. Tais recursos adicionais foram disponibilizados, de acordo com o relatório, "devido à redução da meta de superávit primário para o exercício de 2009, que saiu de 2,2% para 1,4% do PIB".

O relaxamento das metas fiscais de superávit primário se deram, segundo o governo, pela "iminente necessidade de o setor público fomentar a economia doméstica de modo a possibilitar a retomada do crescimento e a elevação do nível de emprego e renda".

O documento prevê ainda uma redução de R$ 9,3 bilhões na arrecadação anual em relação aos cálculos da última avaliação. A razão para tal diminuição na previsão de arrecadação, segundo o relatório, foi a ocorrência de uma queda generalizada em todos os tributos, com destaque, porém, para o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), cuja arrecadação sofreu a maior redução em função das medidas de desoneração concedidas aos setores automotivo e de bens de consumo duráveis com o objetivo de estimular a economia.

O ministério diminuiu também o índice de inflação, medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), passando de 4,5% no acumulado anual para 4,3%.



20/05/2009

Agência Senado


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