Hong Kong quer ser interlocutora do RS na Ásia





Hong Kong quer ser interlocutora do RS na Ásia
Direção da Federação das Indústrias da cidade insiste em que os gaúchos usem sua entidade para negociar no Oriente

O vice-presidente da Fiergs, Attilio Bilibio, considerou positivo o contato com os industriais de Hong Kong para superar a dificuldade de comunicação.

A missão gaúcha na China foi recebida ontem na Federação das Indústrias de Hong Kong. Um dos diretores da entidade, Joseph Li, apresentou a entidade e insistiu com os gaúchos para que negociem com a Ásia via Hong Kong. Segundo Li, quem se impõe ao empresariado da cidade consegue espaço em todo o continente.

O vice-presidente da Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), Attilio Bilibio, considerou positivo o encontro, sobretudo porque uma das maiores dificuldades dos empresários gaúchos é a comunicação com os chineses, 'Acho que nos ofereceram um ótimo serviço.
Assim, fica bem mais fácil entrar no país", observou.

Para Bilibio, as pequenas e médias empresas gaúchas devem chegar à Ásia via Fiergs.
O empresário lembrou a citação recente do presidente Fernando Henrique de que "ou o Brasil exporta, ou morre". "Esta é a oportunidade para sobrevivermos. Estamos fechando com chave de ouro a visita à China.”


A porta de entrada da China.
É por Hong Kong que circula um terço de todo o comércio da China. Diariamente, cerca de 20 mil caminhões cruzam a fronteira entre Hong Kong e a China. Pela cidade estão espalhadas representações de mais de 3 mil associados da Federação. A produção é feita no interior do país, onde a mão de obra é mais barata. já a matéria-prima entra e sai sem taxas.

Hong Kong está culturalmente mais próxima do Ocidente, o que facilita a comunicação. Joseph Li mostrou interesse pelo vinho gaúcho. O produto chinês é bastante inferior ao feito no RS. Da América Latina, os chineses importam apenas vinhos chilenos.

Li também quis saber mais da produção de máquinas agrícolas. A forma de produção nas lavouras do interior do país ainda é quase artesanal. Com a entrada da China na Organização Mundial do Comércio, o setor deve ter melhorias, mas vai precisar de reciclagem.


Mineirice de Aécio: não é um presidenciável
Prioridades da Câmara dos Deputados para 2002 deverão ser a reforma tributária e o reajuste do salário mínimo

Presidente da Câmara, Aécio Neves, reúne hoje em Brasília, os líderes dos partidos, para acertar a data da votação do projeto que reajusta a tabela do imposto de renda.

O presidente da Câmara dos Deputados, Aécio Neves(PSDB-MG), não admite ser o nome do PSDB para disputar a presidência da República, mas avisou que é homem de partido:" No momento em que o destino colocar essa situação, estarei em condições de enfrentá-la".

O presidente da Câmara, em visita à redação de O SUL, garantiu que não está em campanha, "pelo menos neste instante". Aécio afirmou que o PSDB tem nomes qualificados para postular o cargo. "Meu caminho passa por Minas Gerais." Não acredito que as circunstâncias para a minha candidatura se criem", ressaltou. O parlamentar disse que as alianças que elegeram, por duas vezes, o presidente Fernando Henrique Cardoso podem ser reeditadas.

O deputado falou, ontem, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, sobre a conjuntura atual e as perspectivas políticas para 2002. Aécio ressaltou que o Brasil passa por um processo de profundas transformações.


Olívio vai depor sobre as denúncias da CPI
Ministério Público recebeu ontem o relatório e anunciou que vai ouvir o governador antes de encaminhar o processo

O procurador-geral de justiça, Cláudio Barros Silva, anunciou ontem que vai ouvir o governador Olívio Dutra sobre as acusações que ligam seu nome ao jogo do bicho, ao Clube da Cidadania e a Diógenes de Oliveira. As denúncias foram apresentadas no relatório da CPI da Segurança Pública entregue ontem ao Ministério Público Estadual, junto com carta-denúncia do relator Vieira da Cunha (PDT).

Barros afirmou que a competência administrativa para investigar o governador e o vice-governador do Estado é do Ministério Público Federal. Ele disse que vai chamar Olívio por ofício e que o governador decide quando e como vai conversar com ele. "Não se pode encaminhar um processo sem ouvir a pessoa", disse. Para coordenação dos trabalhos do Ministério Público, deve ser confirmado o procurador Mauro Renner. O governador, que retomou domingo da China, não se manifestou a respeito da convocação.


Ex-presidente do PPS sai do partido.
O presidente nacional do PPS, senador Roberto Freire, afirmou ontem que a desfiliação do ex-presidente regional, Arnóbio Pereira, não altera os rumos do partido no Estado.
Freire disse que “Arnóbio não ajudou em nada o processo de crescimento do PPS. Os problemas que tivemos foram causados por ele".

Em nota, Arnóbio disse que renunciou ao cargo, que exerceria até 31 de dezembro, por não aceitar os rumos dados pela direção nacional do PPS. "Não vou atirar meu passado na lata do lixo", explicou. "Minha vida política acaba hoje", disse.


Editorial

Balanço positivo

A atividade econômica no Brasil deve terminar 2001 com dados surpreendentemente positivos. Num ano em que houve uma desaceleração generalizada das grandes potências econômicas e que a Argentina mergulhou de vez na crise, o País deve encerrar o período ainda em meio a dificuldades, mas com perspectiva de dias melhores e confiabilidade em alta.

Entre os indicadores que permitem a visão otimista estão a entrada de investimentos diretos estrangeiros, no mês de novembro, e a trajetória descendente da taxa de câmbio. Dados preliminares indicam que o volume de investimentos diretos externos alcançou US$ 2,1 bilhões no mês passado - US$ 900 milhões acima do ingresso verificado em outubro e muito além das expectativas mais otimistas do mercado e do próprio governo. O ingresso de capital estrangeiro e a queda do câmbio estão diretamente relacionados.

Os resultados preliminares sobre o ingresso de recursos externos no País em novembro fizeram com que o dólar fechasse a R$ 2,33 ontem - o patamar mais baixo desde o dia 29 de junho deste ano. Os investidores internacionais estão percebendo que o Brasil é, na América Latina, a melhor opção para aplicar seus recursos. As práticas de transparência fiscal, implantadas principalmente através da Lei de

Responsabilidade Fiscal, não têm passado desapercebidas pela comunidade financeira internacional, que também tem levado em conta os ganhos de produtividade obtidos pela indústria brasileira.
Houve também neste ano a surpreendente recuperação da balança comercial brasileira, outro fator positivo quando se pensa nas perspectivas para 2002. São boas notícias neste balanço de final de ano, indicando a capacidade de reação da economia brasileira.


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12/11/2001


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