Humberto Costa pede apoio do Congresso para medidas de austeridade do governo




Em meio à maratona de discursos em defesa da ética, proposta pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS) para a tarde desta segunda-feira (15), o senador Humberto Costa (PT-PE) conclamou o Congresso Nacional a apoiar a presidente Dilma Rousseff não em sua "faxina" no governo, como fizeram os demais senadores, mas em suas medidas de austeridade e sobriedade para blindar o Brasil da crise financeira mundial. O senador afirmou se associar aos colegas na campanha pela ética, mas considerar que o combate à corrupção é tão somente uma "obrigação do gestor público".

- Eu me coloco como sócio deste movimento aqui lançado, mas precisamos ter um olhar mais largo. A ação do governo só obterá sucesso em manter essa trincheira contra a crise econômica mundial se puder contar com nosso esforço sincero naquilo que é mais essencial nesse momento: evitar o aumento do gasto público, especialmente nas atividades de custeio - explicou o senador, que disse entender que, apesar de inadiáveis, os ajustes de despesas desagradam os parlamentares e os colocam em situação desagradável com suas bases.

A preocupação do líder do PT no Senado é principalmente com projetos em tramitação no Congresso que concedem reajustes salariais a servidores públicos. Um deles é a PEC 300/2008, que iguala a remuneração de policiais civis, militares e bombeiros de todo o país às remunerações recebidas pela categoria no Distrito Federal (as mais altas do país). Se for aprovado neste momento, alerta o senador, o reajuste pode "provocar um desequilíbrio fiscal do governo e deixar o país vulnerável à crise".

Humberto Costa argumentou que o Congresso precisa entender que nem todas as demandas serão atendidas a partir de agora e que mesmo recursos já garantidos podem ser contingenciados. À base de apoio ao governo, o senador pediu "concordância e compreensão" com as medidas de austeridade do governo. Já da parte da oposição, diz o senador, o que se espera é o "comportamento republicano", sem "crises artificiais" e pedidos de CPI sobre assuntos que já estariam sendo investigados pelos órgãos de controle do governo.

O senador destacou também que o Brasil precisa investir em seu diferencial nesta crise, segundo avaliação do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. O diferencial seria ter uma condição fiscal bem arrumada, com responsabilidade nos gastos e demais despesas, sem afetar investimentos.



15/08/2011

Agência Senado


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