Iara Wortmann defende mudanças no projeto da Universidade Estadual



A deputada Iara Wortmann, PMDB, ao ocupar ontem o período do Grande Expediente da Assembléia Legislativa, defendeu que o projeto de criação da universidade pública deve explicitar em seus objetivos o que é esta universidade e onde funcionará. “ É preciso deixar claro como será o ingresso dos candidatos nessa Universidade Estadual, que cursos pretende oferecer e quando entrará em funcionamento? Além disso é necessário explicitar de onde virão os recursos?”, indagou a parlamentar. Iara Wortmann criticou a atitude do governo do Estado, que colocou informações em sua página da Internet, totalmente diferente do que consta no projeto nº 0001/2001, protocolado em 15 de fevereiro na Assembléia Legislativa. A ex-secretária estadual da Educação disse que o projeto, apresentado pela administração petista leva a crer que foi elaborado por várias equipes. “Parece que a equipe que escreveu a justificativa não foi a mesma que redigiu o projeto, nem a mesma equipe que apresentou a página da Internet”, ironizou a deputada. A peemedebista alertou que “se aprovado este projeto do Executivo, assim como está, essa Universidade não terá fisionomia, não terá uma cara. Se aprovarmos esse projeto estaremos apenas aprovando uma carta de intenções, um cheque em branco. A sociedade do Rio Grande do Sul quer muito mais do que isso, pois está cansada de cartas de intenções e cheques em branco”, chamando atenção que os deputados e deputadas desta Casa Legislativa devem representar aquilo que a sociedade pensa”. Iara Wortmann disse que “diante do compromisso que tenho com a educação – e não me colocando contrariamente à criação de uma Universidade Estadual, mas querendo acima de tudo que essa Universidade se mostre por inteiro e demonstre realmente a que veio – é que apresentei no dia 26 de março, na Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia, um substitutivo. “ No projeto de minha iniciativa, sou favorável a uma Universidade estadual, mas proponho uma universidade não concorrencial. Além disso, proponho um sistema público de ensino superior não somente estatal, porque além da universidade estadual que será garantidora de recursos acima de 35% e de cursos novos, já que a própria Constituição diz que meio por cento tem que ser aplicado no ensino superior comunitário”, disse. A deputada peemedebista disse “ que o governo pode e deve propor uma universidade estadual, porém não pode comprometer recursos da educação básica, os 35% tem que ser preservados”. Iara Wortmann alertou que o governo do Estado está diminuindo o ingresso no Ensino Médio. Segundo ela, de acordo com dados oferecidos pelo INEP/MEC, o governo Antonio Britto, em seu último ano, aumentou as matrículas de Ensino Médio em 13,5%. O governo Olívio Dutra, por sua vez, diminuiu esse índice para 9,32% em 1999 e para 6,79% em 2000. O crédito Educativo, em 1997, contava com quatro mil e 900 alunos: em 1998, com quatro mil e 500 alunos e, no atual governo, apenas três mil. Isso significa dizer que nenhum aluno pode ingressar no Crédito Educativo, pois não foi aberto mais nenhum edital”, disse. Iara Wortmann ressaltou que os deputados, nas reuniões do Fórum Democrático, de 19 de abril a 28 de maio junto com a Comissão de Educação querem abrir o debate sobre a criação da Universidade Estadual. “ A sociedade do Rio Grande do Sul não está apenas preocupada em ter mais universidade. Ela quer é que se democratize o acesso e a permanência dos alunos mais carentes no ensino superior”, disse a deputada.

04/11/2001


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