IBGE: mortalidade infantil cai 50% de 1990 a 2008



Os dados revelam uma melhora geral das condições de vida da população, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou nesta quarta-feira (1) os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável 2010, dando continuidade à série iniciada em 2002, que teve edições também em 2004 e 2008.
 

Entre as causas da melhora, apontadas na pesquisa, está a ampla cobertura de vacinação para doenças como poliomielite e tuberculose, além da redução de aproximadamente 75% no número de crianças de até 5 anos de idade desnutridas, melhoria do nível educacional das mulheres, mostrados no IDS 2010
 

Esses fatores são alguns dos que, juntos, levaram à redução de 50% na mortalidade infantil (crianças com menos de 1 ano de idade) entre 1990 e 2008, de 47 por mil nascidos vivos para 23,3 por mil. A taxa, porém, ainda não é considerada baixa pelos padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda menos de 20 por mil.
 

Além disso, há desigualdades entre as regiões, com o Nordeste e o Norte mostrando taxas mais elevadas do que a média nacional (34,4 e 24,2 por mil, respectivamente) e as demais regiões. com taxas inferiores a 20 por mil. Entre os estados, o Rio Grande do Sul (13,1) teve a menor taxa do País e Alagoas (48,2), a maior. Em 2008, pela primeira vez, nenhum estado brasileiro teve taxa de mortalidade infantil superior a 50 por mil nascidos vivos, considerada elevada pela OMS.
 

A redução da mortalidade infantil contribui para o aumento da expectativa de vida ao nascer, que passou de 67,3 anos em 1992 para 73 anos em 2008. No Nordeste, ela era de 70,1 anos, alcançando apenas 67,2 anos em Alagoas. No Sul, era de 75,0 anos, chegando a 75,5 anos em Santa Catarina. O Distrito Federal era a unidade da federação com a maior expectativa de vida. 75,6 anos.
 

Caem internações por doenças ligadas à falta de saneamento
 

Ainda de acordo com a pesquisa, de 1993 a 1998 houve uma redução de aproximadamente 50% no número de internações por doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado, de 732,8 por 100 mil habitantes para 348,2 por 100 mil, o que se explica pela melhoria nos serviços de saneamento e ampliação do acesso, além das melhorias nos registros de internação. A partir de 1999, observam-se pequenas oscilações, chegando a 2008 com uma taxa de 308,8 internações por 100 mil habitantes no País.
 

Apesar da redução no número de internações, as desigualdades regionais permanecem, ressalva o IBGE. Em 2008, enquanto na região Norte 654 pessoas para cada 100 mil habitantes foram internadas, no Sudeste a relação foi de 126.

 

Fonte:
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

 



01/09/2010 18:40


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