IBGE mostra números da produção industrial de novembro
O resultado mais recente da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física, divulgado nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, em novembro de 2010, o índice da produção industrial registrou variação negativa de 0,1% em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais. O resultado sucedeu taxas ligeiramente positivas, que foram registradas tanto em setembro (0,1%) quanto e em outubro (0,3%).
Mesmo com a variação negativa, quando comparada com novembro de 2009, a produção industrial obteve aumento de 5,3%, mantendo a seqüência de treze meses de resultados positivos neste tipo de confronto. O desempenho deste mês levou o indicador acumulado nos onze meses do ano a uma taxa de 11,1%. Já a taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, também mostrou redução no ritmo de crescimento, ao passar de 11,8% em outubro para 11,7% em novembro, interrompendo a trajetória ascendente observada desde outubro de 2009.
Entre os ramos pesquisados pelo IBGE, 12 tiveram queda, enquanto 14 avançaram. Apenas um ficou estável, segundo o instituto, o que indica crescimento nulo.
Entre aqueles que apontaram resultados negativos, o principal impacto ficou com o setor de alimentos (-2,1%), que assinalou o terceiro recuo consecutivo, acumulando perda de 6,1% nesse período. Também tiveram queda na produção os setores de máquinas e equipamentos (-1,1%), farmacêutica (-2,0%), outros produtos químicos (-1,1%) e veículos automotores (-0,5%).
Por outro lado, entre as atividades que aumentaram a produção, os desempenhos mais relevantes foram nos ramos de refino de petróleo e produção de álcool (3,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (7,2%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (9,3%), edição e impressão (2,7%) e indústrias extrativas (1,6%).
Perfil generalizado de crescimento
O crescimento que ocorreu na comparação entre novembro/2009 e novembro/2010, de 5,3%, ocorreu por conta do bom desempenho de (24) dos vinte e sete setores pesquisados, com o ramo de veículos automotores (14,2%), seguido por indústrias extrativas (11,5%), produtos de metal (15,8%), outros produtos químicos (5,7%), outros equipamentos de transporte (16,5%), edição e impressão (7,1%) e máquinas e equipamentos (4,3%).
Nestes setores, os itens de maior destaque foram, respectivamente: caminhões, automóveis, caminhões-trator e veículos para transporte de mercadorias; minérios de ferro; aparelhos de barbear, fechaduras e estruturas de ferro e aço; tintas e vernizes para construção, adubos ou fertilizantes e inseticidas para uso doméstico e agrícola; aviões e motocicletas; livros e revistas; e aparelhos carregadoras-transportadoras, empilhadeiras propulsoras, refrigeradores, motoniveladores e aparelhos de ar condicionado.
Por outro lado, as três atividades que mostraram queda em relação a novembro de 2009 foram material eletrônico e equipamentos de comunicações (-11,4%), têxtil (-5,7%) e calçados e artigos de couro (-5,5%), pressionadas em grande parte pelo recuo na produção de aparelhos de comutação e celulares, no primeiro ramo, tecidos de algodão e toalhas de banho, rosto e mãos de algodão, no segundo, e calçados de plástico e de couro no último.
Entre janeiro e novembro, 25 atividades produziram mais
No indicador acumulado em janeiro-novembro, frente a igual período de 2009, o avanço total da indústria foi de 11,1%, com 25 das 27 atividades registrando crescimento na produção.
O ramo de veículos automotores (25,4%) continuou exercendo o impacto mais importante sobre o índice global. Vale citar também as expansões assinaladas em máquinas e equipamentos (26,2%), metalurgia básica (19,6%), outros produtos químicos (10,9%), indústrias extrativas (13,7%), produtos de metal (25,8%), alimentos (4,9%) e borracha e plástico (13,8%).
Nesses setores, sobressaíram a maior produção de automóveis, caminhão-trator e caminhões; aparelhos carregadoras-transportadoras, motoniveladores e compressores para aparelhos de refrigeração; lingotes, blocos e tarugos de aços ao carbono e aços especiais e barras de outras ligas de aço; herbicidas para uso na agricultura, oxigênio e tintas e vernizes; minérios de ferro; partes e peças para bens de capital; açúcar cristal; e pneus para caminhões e ônibus e peças e acessórios de borracha e plástico para indústria automobilística. Por outro lado, os setores de produtos do fumo (-8,6%) e de outros equipamentos de transporte (-1,0%) permaneceram como as duas únicas atividades que apontaram queda na produção acumulada no ano.
Fonte:
IBGE
05/01/2011 12:51
Artigos Relacionados
Produção industrial cresce 0,3% em novembro, diz IBGE
Produção industrial no Brasil cresce 1,9% em fevereiro, mostra pesquisa do IBGE
Emprego industrial cai 0,1% em novembro, diz IBGE
Produção industrial cresce 0,4%, diz IBGE
Produção industrial cai 0,2% em abril, segundo IBGE
Produção industrial cresceu em 2010, diz IBGE