Icesp responde dúvidas frequentes de pacientes com câncer



O Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo) preparou uma lista de perguntas e respostas sobre as principais dúvidas e preocupações de pacientes com câncer.

Siga o Governo do Estado de São Paulo no Twitter e no Facebook 

ASSISTA AO VÍDEO
Icesp eleva a autoestima dos pacientes com câncer

LEIA TAMBÉM
Cartilha do Icesp mostra que é possível prevenir o câncer

Abaixo as perguntas mais frequentes:

1) Devo parar de trabalhar ou realizar minhas atividades diárias após receber o diagnóstico do câncer?

O indicado é tentar manter as atividades diárias e o trabalho normalmente. Contudo, sabe-se que novas atividades farão parte do dia-a-dia, como consultas médicas freqüentes, exames invasivos e tratamentos demorados, como a quimioterapia. Tudo isso pode afetar o seu estado geral e demandar mudanças.

2) Posso fazer exercícios físicos ou devo ficar em repouso?

Sabe-se que a rotina após o diagnóstico de câncer muda muito; são consultas, exames, tratamentos freqüentes. É aconselhável levar a vida o mais próximo ao normal possível. Caso você não tenha o hábito de fazer exercício físico regularmente, converse com o seu médico. Se você já se exercita, tente manter as atividades o mais próximo ao ritmo normal, mas escute o seu corpo – respeite momentos de descanso para recuperação de energia.

3) Em que situação devo procurar o Hospital?

Em geral, pacientes são orientados a procurar o serviço de saúde em caso de febre (temperatura maior ou igual a 37,8ºC); falta de ar súbito; convulsões; confusão mental; dor de aparecimento abrupto ou difícil de suportar; mal estar intenso, mesmo que não se saiba o porquê; diminuição de força nas pernas de aparecimento recente; náusea ou vômito que impedem a alimentação ou ingesta de líquidos; diarréia intensa.

4) A quimioterapia em comprimido é tão eficaz quanto a quimioterapia intravenosa?

Nas últimas décadas, a ciência tem avançado muito. A possibilidade de fazer quimioterapia utilizando comprimidos é um exemplo claro desse avanço, visto que o paciente pode fazer o tratamento contra o câncer em sua própria casa. Mas a quimioterapia via oral está disponível apenas para alguns tipos de câncer, ou seja, cada quimioterapia tem uma indicação específica. O comprimido pode ser mais eficaz que a medicação pela veia em alguns casos e menos eficaz em outros, se não for a indicação correta da medicação.

5) Toda quimioterapia faz cair o cabelo?

Não. A queda de cabelo depende do tipo de quimioterapia usada e da sensibilidade do paciente ao tratamento. Vale lembrar que a queda de cabelo é temporária, isto é, após o término do tratamento, o cabelo volta a crescer normalmente.

6) Meus familiares podem usar o mesmo banheiro que eu durante o período de quimioterapia?

im. Apenas alguns tipos de quimioterapia são eliminados pela urina ainda com ação do medicamento. Converse com o seu médico e veja se a quimioterapia que está usando exige algum cuidado especial.

7) Posso tomar sol durante o meu tratamento?

Alguns quimioterápicos podem aumentar a sensibilidade das células da pele e, se exposta ao sol, podem ocorrer manchas ou até mesmo queimaduras. É importante conversar com o médico para tirar dúvida relacionado especificamente ao seu tratamento.

8) Existe algum tipo de risco para as pessoas que convivem comigo durante a fase em que estou fazendo radioterapia?

A radioterapia é um tratamento muito útil na área de oncologia. Ela tem diferentes indicações e diferentes formas de aplicação, podendo ser externa ou interna (braquiterapia). A mais freqüentemente indicada é a radioterapia externa, em que o paciente recebe raios de radiação na região do câncer, evitando-se ao máximo afetar as células normais nas áreas próximas ao câncer. No caso da radioterapia interna, material radioativo é temporariamente introduzido no câncer. Ambos os tratamentos são ambulatoriais, isto é, o paciente vai e volta do hospital a cada sessão e o paciente não se torna radioativo após o tratamento. Assim, o paciente em tratamento radioterápico pode conviver normalmente com as pessoas.

9) Pólipos no intestino ou miomas no uterino podem virar câncer?

Pólipo é um tumor benigno, que pode parecer uma verruga, que se forma na mucosa do intestino (cólon e reto). Em geral, o pólipo começa bem pequeno e cresce lentamente no decorrer dos anos. Pouco mais da metade dos pólipos do intestino, quando avaliados em laboratórios, são do tipo “adenoma”- considerados “pré-malignos”. Esse tipo de pólipo tem grande chance de se desenvolver em um câncer de intestino. Os outros tipos de pólipos não são preocupantes. Para saber se o pólipo é ou não um adenoma, é necessário fazer biópsia por meio de colonoscopia ou cirurgia para retirar o pólipo e análise laboratorial do pólipo. Ao contrário dos pólipos intestinais, os miomas no útero da mulher são tumores benignos que não se tornam malignos. Muitas mulheres podem ter miomas e nem saber que os tem. Os miomas podem aparecer em vários locais do útero, em diversos tamanhos, provocar ou não sintomas. O tratamento pode ser cirúrgico, mas em muitos casos pode-se apenas observar clinicamente a sua evolução.

10) Participar de pesquisa é seguro?

Antes de uma pesquisa ser oferecida a um paciente, muitas etapas são cumpridas para garantir a segurança do paciente. Um projeto de pesquisa é analisado por várias comissões que envolvem diferentes profissionais a fim de assegurar a questão ética e legal da pesquisa. Muitas vezes, participar de uma pesquisa acaba sendo uma oportunidade de receber um tratamento inovador para o controle do câncer.

Do Icesp



08/22/2013


Artigos Relacionados


Site do Via Rápida responde dúvidas frequentes

Icesp eleva a autoestima dos pacientes com câncer

Pacientes com câncer de mama têm tratamento especial no Icesp

Icesp conta com 50 voluntárias no apoio a pacientes com câncer

Icesp conta com 36 voluntárias no apoio a pacientes com câncer

Icesp é premiado por projeto de controle de diabetes em pacientes com câncer