Importância da economia do conhecimento é ressaltada em audiência por presidente do CNPq



De cada R$ 1 pago em uma xícara de café, apenas R$ 0,05 chegam às mãos de trabalhadores e cafeicultores. Os demais R$ 0,95 são divididos para pagamento de atividades como engenharia genética, processamento, marketing e "outras atividades baseadas no conhecimento".

Os números foram ressaltados pelo presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Marco Antonio Zago, na abertura de audiência pública promovida nesta quarta-feira (29) pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) sobre a situação do setor no país.

- A ciência e a tecnologia estão ligadas ao desenvolvimento - afirmou Zago ao apresentar as prioridades do governo para o período de 2007 a 2010, como a formação de recursos humanos, o apoio à inovação tecnológica nas empresas e o estímulo a setores como os de biotecnologia, nanotecnologia e de biodiversidade e recursos naturais.

Ao concordar com Zago a respeito do papel estratégico da ciência e da tecnologia na economia contemporânea, o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Marco Antonio Raupp, recorreu ao exemplo do Massachusetts InstituteofTechnology (MIT), um dos maiores centros de pesquisa nos Estados Unidos.

Caso as "empresas MIT", que contam com a participação de pesquisadores ligados ao MIT, fossem consideradas em conjunto como um só país, observou Raupp, elas seriam a vigésima quarta maior economia do mundo.

- Isso mostra quão acertado está o governo brasileiro ao associar a política de ciência e tecnologia à retomada do desenvolvimento - disse Raupp.



29/10/2008

Agência Senado


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