Imprensa Oficial de São Paulo vai receber Prêmio Top Social 2000
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A Imprensa Oficial do Estado de São Paulo vai receber o prêmio Top Social 2000, concedido pela ADVB (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil), em reconhecimento ao trabalho da empresa em benefício da comunidade. A entrega do prêmio será no próximo dia 30 de junho, às 19h30, no Memorial da América Latina, em São Paulo. A empresa, que já ganhou 17 prêmios Jabuti em parceria com a Editora da USP e dois prêmios internacionais de excelência gráfica, acrescenta também ao seu currículo o título de Empresa-Cidadã. A Imprensa Oficial é uma das 33 empresas de todo o Brasil escolhida como exemplo de responsabilidade social em função de seu programa. Imprimindo Cidadania com Papel Social Desde 1997, a empresa vem doando todo material descartável para quatro entidades filantrópicas reconhecidamente importantes para a população, a Fundação Antonio Prudente (Hospital do Câncer), a Fundação Dorina Nowill para Cegos, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e o Centro de Reabilitação Lar Escola São Francisco. Realizado a partir de 1997 junto com o Fundo Social de Solidariedade do Estado (Fussesp), o programa vem crescendo e já rendeu até março deste ano, R$ 1.726.562,00 para as quatro instituições. Desde então, foram doadas 5,938 mil toneladas de aparas de papel, canudos de papelão, retalhos de filme de polietileno ou filmes processados, jornais velhos, impressos, chapas de alumínio, tambores, etc. Por exigência legal, até 1996, esse material era vendido em leilões, cujos lances, bem abaixo dos preços de mercado, eram acertados previamente entre um grupo de compradores. O resultado acrescentava mingüados 0,7% à receita bruta anual da empresa, mas eram multiplicados centenas de vezes na hora da revenda. Em 97, entretanto, esse material inservível que 'virava ouro' nas mãos de empresários sem nenhum compromisso social, passou a ser destinado ao Fussesp. Embora boa, a iniciativa não deu os resultados esperados porque, além de perder os recursos da venda, a Imprensa Oficial passou a arcar também com o custo do acondicionamento e do transporte do material. Como o Fundo também está sujeito à mesma legislação que obriga a venda dos bens recebidos por leilão, o esquema que rendia lucros altamente compensadores para os empresários continuou funcionando com desenvoltura. O problema foi definitivamente resolvido com o esforço de Dona Lila Covas. As doações passaram a ser feitas pelo Fundo Social de Solidariedade diretamente às instituições indicadas, que, livres das restrições legais, puderam negociar preços diretamente com os interessados. Foi assinado, então, um contrato de 24 meses entre a Imprensa Oficial, o Fundo e as instituições beneficiadas. Hoje, as vendas são feitas pelo Hospital do Câncer e o dinheiro resultante é dividido em partes iguais entre as quatro entidades que fazem parte do programa. Os recursos têm ajudado bastante. O Hospital do Câncer, segundo Alois Bianchi, pôde comprar novas drogas e aparelhos que estão possibilitando tratamento de primeiro mundo para os pacientes. Clélia Salgado, do Lar Escola São Francisco, disse que o dinheiro representa 1/6 de toda a receita da entidade e com ele foi possível ampliar para 750 o número de atendimentos diários. Dorina Norwill conta que hoje a entidade que ela dirige já tem condições de produzir anualmente cerca de 100 mil livros e revistas para cegos; enquanto, Claudia Bellotti, da Apae, acredita que o acordo em curso mostra a responsabilidade social da Imprensa Oficial. Para o jornalista Sérgio Kobayashi, que desde 1995 dirige a empresa, a Imprensa Oficial está05/26/2000
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