Índice de Preços ao Consumidor fechou em 0,19% em junho



O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,19% em junho, taxa inferior à de maio (0,63%), segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (22).

 

Com esse resultado, a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), acumulado do IPCA-15, ficou em 1,3% no segundo trimestre deste ano, pouco abaixo do segundo trimestre de 2009 (1,33%), e fechou o primeiro semestre de 2010 com 3,35%, resultado superior ao ano anterior (2,49%).

 

Considerando os últimos 12 meses, o índice ficou em 5,06%, abaixo dos 12 meses imediatamente anteriores (5,26%). Em junho de 2009, o IPCA-15 havia sido 0,38 %. P grupo alimentação e bebidas constituiu-se como responsável pela forte desaceleração do IPCA-15 de um mês para outro, já que vinha de uma alta de 1% e atualmente registrou queda de 0,42%.

 

Alguns alimentos ficaram bem mais baratos: como tomate que vinha com baixa de 11,08% em maio e variou para -16,30% em junho, batata inglesa de alta de 17,83% para decréscimo de 11,06%, açúcar cristal de queda de 2,71% para - 11,76% e refinado (de -0,22% para -9,49%). Além disso, o feijão carioca (de 31,75% em maio para 6,66% em junho) e outros feijões subiram bem menos. Entretanto, mesmo com os alimentos em queda, o item refeição fora teve aumento de 0,95% em junho, repetindo a variação registrada em maio, e ficou com a maior contribuição no mês: 0,04 ponto percentual.

 

O cigarro, com variação de 1,88%, em razão de reajuste de preços nas marcas de um dos fabricantes, foi destaque nas despesas pessoais. Com isso, o agrupamento dos não alimentícios teve variação de 0,37% em junho, abaixo dos 0,52% de maio. O litro do etanol (de -2,87% para -7,59%) ficou ainda mais barato, influenciando os preços da gasolina (de 0,45% para -0,69%). Outros produtos e serviços também apresentaram menor ritmo de crescimento de maio para junho, a exemplo dos remédios (de 2,14% para 0,84%) e dos salários dos empregados domésticos (de 1,12% para 0,58%).

 

Dentre os índices regionais, os maiores foram os de Brasília e Salvador, ambas com 0,41%. Em Brasília, sobressaíram as passagens aéreas, cuja alta de 13,44% levou à contribuição de 0,16 ponto percentual na área. Em Salvador, aumentos na energia elétrica (2,38%) e na taxa de água e esgoto (3,83%), com 0,06 ponto percentual cada, geraram contribuição de 0,12%. O menor índice regional foi registrado na região metropolitana de Porto Alegre (-0,04%), destacando-se a queda de 0,72% nos preços dos alimentos.

 

Fonte:
IBGE



22/06/2010 14:56


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