Índice de Preços ao Produtor de setembro tem alta de 1,23% em setembro, diz IBGE



No mês de setembro, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) variou 1,23% em comparação com o mês anterior, resultado superior ao alcançado em agosto (0,16%). Em setembro a variação foi de 4,9% e agosto 4,24%. Já a variação acumulada em 2011 foi de 1,99% em setembro e 0,75% no mês anterior.

As quatro maiores variações foram em fumo (6,74%), equipamentos de transporte (4,98%), madeira (3,39%) e alimentos (2,84%). Os itens com maior influência ou impacto, na variação de setembro contra agosto foram alimentos, produtos químicos, metalurgia e outros equipamentos de transporte.

No acumulado do ano, o índice atingiu 1,99 % em setembro, contra 0,75% em agosto. Entre as atividades que tiveram as maiores variações percentuais na perspectiva do indicador acumulado, sobressaem calçados e artigos de couro, equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, borracha e plástico e produtos químicos.

Na comparação com o mesmo mês de 2010, os preços aumentaram 4,90%, contra 4,24% em agosto. As quatro maiores variações de preços ocorreram em calçados e artigos de couro (16,33%), alimentos (15,11%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-13,49%) e têxtil (12,87%).

Com a variação mensal de 2,84% em setembro, os alimentos acumulam 2,91% em 2011. No primeiro trimestre, o setor havia acumulado uma variação negativa de -0,30%, que se acentuou no segundo trimestre (-4,25%). No acumulado em 12 meses, a série iniciada em dezembro do ano passado obteve em setembro a menor variação (15,11%) observada pelo indicador.

Sucos concentrados de laranja aparece com destacada variação na comparação contra o mês anterior. Em termos de influência, açúcar cristal e açúcar refinado de cana influenciaram, de forma positiva, a variação observada na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Os preços dos têxteis apresentaram variação negativa de -0,6% comparado ao mês anterior. Assim, como observado nos últimos meses, o setor apresentou queda de preços, embora em um menor patamar (-2,01% em agosto). Tecidos de algodão tintos ou estampados, exceto combinados e tecidos de algodão tintos, estampados, inclusive combinados aparecem entre os destaques com influência positiva no acumulado em 2011 e em 12 meses, mas com influência negativa no indicador mensal.

Neste mês, calçados e produtos de couro variaram em 2,71% em comparação com o mês anterior, elevando o acumulado no ano de 10,75% em agosto para 13,75% em setembro. Entre os quatro produtos de maior ponderação no cálculo apenas tênis de materiais têxtil ou sintético, montado não aparece em destaque na variação e na influência mensal. Neste setor, a desvalorização cambial de setembro teve efeito importante no desempenho dos preços, haja vista a inserção do setor em termos de exportação, particularmente de produtos de couro.

Em função basicamente dos preços de exportação, num cenário de valorização de quase 10% do dólar frente ao real no mês de setembro, madeira registrou variação positiva de preços de 3,39% em setembro com relação a agosto, maior variação positiva desde maio de 2010.

Mesmo assim, a atividade ainda registra uma variação negativa no acumulado do ano de -0,62%. Com relação aos últimos 12 meses, o indicador acumula uma variação positiva de 0,54%. Para o indicador acumulado do ano, madeira serrada teve variação positiva e, na comparação com setembro de 2010, além deste, houve variação positiva no preço dos painéis de fibra de madeira.

Os preços de refino de petróleo e produtos de álcool registraram variação positiva de 0,20% em relação ao mês anterior, invertendo a variação de -0,28% de agosto. O indicador do mês de setembro retoma uma trajetória ascendente no acumulado do ano, registrando 3,76% de janeiro a setembro. Nos últimos 12 meses, a elevação de setembro foi de 6,31% contra 6,50% em agosto. A inversão de trajetória dos preços do setor se deve, principalmente, ao aumento no nível de preços do álcool etílico, ainda que a trajetória positiva tenha sido de menor intensidade que em meses anteriores.

Ainda como destaques de influência no indicador mensal, óleo diesel e outros óleos combustíveis e nafta registram influência positiva, enquanto gasolina aparece como influência negativa. Nafta, querosene de aviação, álcool etílico e óleos lubrificantes básicos somaram influências positivas nos acumulados do ano e em 12 meses.

Outros produtos químicos apresentaram variação de 2,63% em comparação ao mês anterior. Este resultado representa uma inversão de trajetória, depois das quedas em agosto (-2 %) e julho (-2,09%). No ano, o setor acumula alta de 7,51%, e nos últimos dozes meses a variação positiva ficou em 11,20%. Parte dos produtos ligados à indústria petroquímica registrou variação positiva na variação mensal, como no caso dos produtos de polietileno, etileno e propeno.

A alta do final de 2010 e início de 2011 de produtos ligados à cadeia do petróleo sustenta propeno e polipropileno entre os destaques do acumulado em 2011, junto com os adubos ou fertilizantes à base de NPK, todos com influência positiva. Em sentido contrário, as recentes quedas nos níveis dos preços do etileno o colocam com sinal negativo na influência do acumulado do ano.

Após três meses seguidos de queda, a metalurgia registrou variação positiva de preços de 1,2% na variação mensal, em função basicamente da valorização do dólar. Mesmo assim, a atividade ainda registra uma variação negativa no acumulado do ano de -1,07% e de -2,83% nos últimos 12 meses. Os produtos que mais influenciaram o aumento de setembro foram lingotes, blocos, tarugos.  

Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos registraram variação de preços de -1,45% em setembro, maior variação negativa mensal desde julho de 2011. A atividade registra variações negativas de -11,70% em 2011 e -13,49% em 12 meses. Os produtos que mais influenciaram o índice mensal foram telefones celulares (negativo), tubos de imagem para receptores de televisão e monitores de vídeo (positivo), PC desktops (positivo), e rádios receptores para qualquer uso, mesmo combinados com outros aparelhos (negativo).

O IPP mede a evolução dos preços de produtos, sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria de transformação. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página do IBGE.

 

Fonte:
IBGE



04/11/2011 16:54


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