Inflação cai para 0,15% em junho



O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho apresentou resultado de 0,15%, bem abaixo da taxa de maio (0,47%), numa diferença de 0,32 ponto percentual. Com isso, o primeiro semestre do ano fechou em 3,87%, acima da taxa de 3,09% relativa a igual período de 2010. Considerando os últimos 12 meses, o índice situa-se em 6,71%, acima dos 6,55% relativos aos 12 meses imediatamente anteriores. Em 2010 os preços haviam se mantido estáveis no mês de junho, com o resultado do IPCA exatamente em zero.

A forte redução na taxa de crescimento do IPCA de maio para junho é explicada, em grande parte, pela deflação registrada no grupo alimentação e bebidas. Após registrar alta de 0,63% em maio, o grupo recuou para -0,26% em junho. Também houve uma queda ainda mais intensa no grupo transporte, que já havia apresentado -0,24% em maio e, em junho, registrou -0,61%.

Entre os alimentos, muitos ficaram mais baratos de um mês para o outro, destacando-se a batata-inglesa e a cenoura. Mesmo entre os produtos alimentícios em alta, muitos mostraram desaceleração na taxa de crescimento de um mês para o outro, como o queijo, o iogurte, o leite em pó  e o açúcar refinado.

Dentre os produtos não alimentícios, a variação foi de 0,28% em junho, enquanto havia se situado em 0,42% no mês de maio.


Queda nos combustíveis também puxa IPCA

Outro item que liderou os principais impactos para baixo no IPCA foi o litro da gasolina, na categoria transportes, que havia apresentado variação de 0,85% em maio e teve taxa de -3,94% em junho. A seguir veio o etanol, que havia registrado queda de 11,34% em maio e, em junho, continuou em queda, porém, menos acentuada (-8,84%). Juntos, os preços dos combustíveis caíram 4,25% em junho, gerando um impacto de -0,20 ponto percentual.

Com a queda nos preços dos combustíveis, o grupo transportes apresentou variação de -0,61%, apesar da alta das passagens aéreas (de -11,57% em maio para 12,85% em junho), item de maior impacto do mês, com 0,04 ponto percentual.

Ainda no grupo transportes, merecem destaque as tarifas dos ônibus urbanos que aumentaram 0,79% em junho, por causa das variações nos ônibus do Rio de Janeiro (1,21%); em Belém (4,19%); e em Goiânia (8,23%). Além disso, os automóveis usados apresentaram aumento de preços (de -1,26% em maio para 0,43% em junho).

O grupo habitação também mostrou desaceleração, de 0,97% em maio para 0,58% em junho. Isso porque cresceram em menor ritmo itens como taxa de água e esgoto (de 2,32% em maio para 0,08%), aluguel residencial (de 0,95% para 0,84%), condomínio (de 1,01% para 0,92%) e energia elétrica (de 0,87% para 0,45%).

As despesas pessoais (de 0,72% em maio para 0,67% em junho) também desaceleraram em razão, principalmente, dos salários dos empregados domésticos. Já no grupo saúde e cuidados pessoais, a redução no ritmo de aumento, de 0,73% em maio para 0,67% em junho, foi puxada pelos remédios, que deixaram de refletir o reajuste ocorrido no fim de março e passaram de uma taxa de 1,20% em maio para 0,47% em junho.

Dentre os índices regionais, o maior foi o de Recife (0,35%), onde o grupo alimentação e bebidas (0,22%) apresentou a maior taxa, puxada pelos alimentos consumidos fora do domicílio (1,50%). Curitiba (-0,15%) teve o menor resultado, influenciado, principalmente, pela queda dos combustíveis (-5,99%), que causou impacto de -0,44 ponto percentual no índice da região.


Fonte:
IBGE

 

07/07/2011 12:15


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