Inflação oficial cai em dezembro e fecha o ano em 6,50%



O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - inflação oficial - apresentou variação de 0,50% em dezembro, pouco abaixo dos 0,52% de novembro. Com isto, o ano fechou em 6,50%. Os dados foram anunciados nesta sexta-feira (6), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, a meta para a inflação foi cumprida em 2011 pelo oitavo ano consecutivo e ele acredita que, em 2012, “a inflação ao consumidor seguirá recuando”.

“A inflação ao consumidor medida pelo IPCA, em linha com o cenário antecipado pelo Banco Central, está em trajetória de queda e encerrou 2011 em 6,5%, após alcançar 7,3% no terceiro trimestre”, destacou Tombini, em nota divulgada nesta sexta (6) pelo banco.

Para o presidente do BC, outros indicadores reforçam “a percepção de significativo arrefecimento das pressões inflacionárias”. Como exemplo, ele disse que a variação dos preços no atacado medida pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) tem mostrado tendência de queda, e se deslocou de 7,5% no terceiro trimestre para 5,1% ao final do ano.

Disse, ainda, que em 2012 a inflação ao consumidor seguirá recuando e se deslocando na direção da trajetória de metas, “dinâmica esta consistente com a estratégia de política monetária adotada pelo Banco Central”.


Pesquisa

Em dezembro do ano anterior, o IPCA fechou em 0,63%. De acordo com os dados do IBGE, a variação do IPCA em 2011 (6,50%) foi a maior desde 2004 (7,60%) e 0,59 ponto percentual acima da taxa de 5,91% de 2010. A maioria dos grupos de produtos e serviços pesquisados apresentou variação maior que a do ano anterior. O grupo que mais subiu foi transporte, que passou de 2,41% para 6,05%. As exceções foram alimentação e bebidas (de 10,39% para 7,18%) e artigos de residência (de 3,53% para 0,00%).

Apesar dos preços de alimentação e bebidas terem crescido menos, este foi o grupo que exerceu o maior impacto no ano. Responsáveis por 23,46% do orçamento das famílias, o grupo se apropriou de 1,69 ponto percentual do índice, o que representa 26% dele. Isto se deve à forte pressão dos alimentos consumidos fora do domicílio, cujos preços subiram 10,49% em 2011, seguindo a alta de 9,81% de 2010.

Quanto às regiões metropolitanas pesquisadas, o maior resultado em 2011 ocorreu em Curitiba (7,13%) em virtude do aumento nos preços da alimentação fora do domicílio, que chegou a 16,20%. Belém ficou com o menor índice (4,74%) em função do grupo alimentação e bebidas, com 5,59%, e dos preços do gás de botijão, que ficou 9,19% mais barato.

O resultado do IPCA de dezembro de 2011 é o último calculado de acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2002-2003. A partir dos índices com mês de referência em janeiro deste ano, a base será a POF 2008-2009, cujas estruturas de peso estarão no portal do IBGE, às 9h da próxima quarta-feira (11).

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada no site do IBGE.

Fonte:
IBGE
Banco Central
Blog do Planalto



06/01/2012 11:37


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