Inovação e produção de conhecimento tecnologico são nova agenda do País



A presidenta Dilma Rousseff visitou nesta sexta-feira (13), na Confederação Nacional da Indústria (CNI), uma exposição sobre o Programa de Apoio à Competitividade da Indústria Brasileira. Com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o programa irá investir em institutos e laboratórios de ciência, tecnologia e inovação. 

Em discurso, Dilma afirmou que a inovação e a geração de conhecimento tecnológico passam a integrar a nova agenda para o Brasil e são parte das ações para desmontar os entraves ao crescimento sustentável do País. Segundo a presidenta, além da redução dos juros e do spread, uma desoneração tributária deve ser feita sem comprometer a situação macroeconômica. 

“Esses entraves podem ser assim resumidos, muito simplificadamente, na necessidade de nós colocarmos os nossos juros e spreads incluídos nos padrões internacionais de custo de capital”, disse. 

Dilma Rousseff chamou a atenção também para as medidas adotadas pelos países desenvolvidos para enfrentar a crise. “Nós temos de estar sempre atentos para que os mecanismos de combate à crise que os países desenvolvidos adotam - a chamada desvalorização competitiva - não levem a uma valorização do nosso câmbio, que torna a indústria e as empresas de serviços brasileiras presas fáceis de um processo de desconstituição, e eu diria até de canibalização”, completou. 

Para a presidenta, a ciência, a tecnologia, a inovação e a ampliação do acesso à educação são instrumentos para aumentar a produtividade da indústria brasileira. 

“Sabemos que o nosso País tem vários méritos hoje. Nós, ao contrário da maioria dos países, vivemos em uma situação que se caracteriza pela redução das desigualdades. Temos de transformar essa redução das desigualdades em redução das diferenças de oportunidade, de acesso à educação. No Pronatec, nós damos um grande passo”, afirmou. 

O discurso da presidenta ocorre dez dias depois do anúncio de novas medidas de estímulo à competitividade indústrial e dois dias após retornar de viagem aos Estados Unidos onde, além de se reunir com o presidente Barack Obama, visitou a Universidade Harvard e o Massachusetts Institute of Technology (MIT). 

Dois dos mais importantes centros de produção tecnológica do mundo, Harvard e o MIT estão entre os centros de excelência estrangeiros que vão receber 101 mil estudantes graduando e pós-graduandos brasileiros das áreas de ciências, química, biologia e engenharia. “Temos de investir na capacidade de transformar ideias em ação e, no caso do Brasil, de forma mais acelerada para reduzir os nossos gargalos”, disse Dilma. 

A solenidade marcou o repasse de R$ 1,5 bilhão do BNDES para financiar parte do programa do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), uma das ações previstas pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), criado em outubro de 2011. Outros R$ 400 milhões serão recursos próprios da entidade. 

As ações previstas incluem a instalação de 23 institutos de inovação, 38 institutos de tecnologia, a construção de 53 centros de formação profissional e a reforma de 250 escolas até 2014. 

Os institutos de tecnologia vão oferecer às empresas serviços de metrologia, ensaios e testes laboratoriais para atestar ou elevar a qualidade dos produtos brasileiros. Hoje, a maior parte desse serviço é feito no exterior. Esses institutos também vão oferecer educação profissional em todos os níveis, inclusive cursos superiores. 

Com esse investimento, o Senai deve alcançar quatro milhões de matrículas ao ano em 2014, quase o dobro das 2,5 milhões registradas no ano passado.

 

Fonte:
Blog do Planalto
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior



13/04/2012 18:39


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