Instituto do Câncer cria ‘anjos da guarda’ para os pacientes



Profissionais explicam o passo a passo do atendimento e minimizam o medo dos pacientes

O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo “Octavio Frias de Oliveira”, ligado à Secretaria da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, decidiu criar uma equipe de “anjos da guarda” que tem como missão reduzir medos e angústias dos pacientes que chegam à instituição para iniciar tratamento contra o câncer.

Já na primeira visita ao hospital, pacientes e seus acompanhantes recebem orientação e conforto do Grupo Acolhida, formado por profissionais das áreas de nutrição, farmácia, enfermagem, psicologia e serviço social.

Sempre em duplas, esses profissionais reúnem pacientes e acompanhantes para uma pequena palestra na qual são apresentados a estrutura e os serviços disponibilizados nas instalações do hospital estadual. Além de informar, passo a passo, o que vai acontecer com o paciente dentro da instituição, a reunião é uma oportunidade para a equipe ouvir o que cada um deles tem a dizer.

“A pessoa com câncer chega aqui física e emocionalmente fragilizada. Além do medo da morte, existe muito preconceito em torno da doença. Esse primeiro contato serve para que ela possa expor suas angústias e dúvidas”, diz Eliana Ribas, coordenadora do Programa de Humanização da instituição.

A dinâmica do projeto funciona como um tipo de terapia em grupo, antes mesmo de o paciente ser encaminhado para os médicos que cuidarão de seu tratamento. O atendimento acontece diariamente, nos períodos da manhã e tarde, com duração de uma hora. O resultado tem sido tão positivo que mais um horário deve ser criado para atender à demanda dos pacientes.

Desde a inauguração do hospital, em 6 de maio, cerca de 360 usuários, entre pacientes e acompanhantes, foram acolhidos pelo programa.

Criado a partir de uma parceria entre o governo do Estado e a Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), o Instituto do Câncer de São Paulo “Octavio Frias de Oliveira” é o primeiro hospital público especializado em oncologia de São Paulo e um dos maiores da área na América Latina.

Quando estiver funcionando com capacidade plena, o novo hospital terá ao todo 508 leitos e realizará, mensalmente, cerca de 1,5 mil internações, 33 mil consultas ambulatoriais, 1,3 mil cirurgias, 6 mil sessões de quimioterapia e 420 de radioterapia.

Do Instituto do Câncer de São Paulo



09/29/2008


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