Instituto hidroceanográfico realiza primeira reunião



O processo de constituição do Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas e Hidroviárias (Inpoh) teve um passo importante, nesta quarta-feira (30), com a primeira reunião do conselho de administração. No encontro, foram empossados seis dos sete membros natos e eleitos quatro novos representantes do grupo. 

“Estamos com capacidade plena, pois essa etapa de criação está finalizada. Podemos passar para a implementação”, comemorou o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Carlos Nobre, que presidiu a reunião e representa a pasta no conselho do Inpoh.

Órgão máximo do instituto, o conselho é composto por 12 membros, sendo sete deles natos. Quatro são representantes de órgãos da administração pública federal: MCTI, Ministério da Defesa/Marinha, Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e Secretaria Especial de Portos da Presidência da República. Também formam o grupo três representantes de entidades da sociedade civil: Conselho Nacional de Pesca e Aquicultura (Conepe), Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), cujo representante não pôde comparecer, e Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Hoje, os integrantes elegeram os outros três representantes não natos e suplentes, que, de acordo com o estatuto, devem possuir “notória capacidade profissional e reconhecida idoneidade moral”. Entre os nomes indicados está o do professor de oceanografia física da Universidade Federal do Rio Grande (UFRG), Carlos Alberto Eiras Garcia.

Também foram escolhidos para compor o grupo o engenheiro mecânico Sergio Luiz Gargioni – presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) – e o engenheiro naval Floriano Carlos Martins Pires Júnior, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Como representante provisório do Conselho Científico foi indicado o nome do pesquisador Luiz Drude de Lacerda, biólogo e professor da Universidade Federal do Ceará (UFC). Na avaliação do secretário Carlos Nobre, a escolha teve como critério a contribuição dessas personalidades na área de ciência e tecnologia, além de se considerar “a representatividade geográfica” na seleção dos especialistas.

Sobre o Inpoh

O instituto é resultado de articulação entre o MCTI, a Marinha do Brasil, o MPA e a Secretaria de Portos e vai agregar as atividades de hidroceanografia desenvolvidas no país, além de criar novas oportunidades para os cientistas e a pesquisa nacional.

A ideia é que a instituição funcione como organização social (OS) e atue na coordenação das atividades pelo desenvolvimento científico e tecnológico do país e na expansão da base de conhecimentos sobre os oceanos e o seu uso sustentável, com ênfase para o Oceano Atlântico Sul e Tropical.

“Para isso o instituto vai trabalhar de forma muito articulada com as universidades, com os centros de pesquisa e com as instituições privadas e empresas que tratam de assuntos relativos ao mar, como as várias especialidades da oceanografia, portos, hidrovias, energias dos oceanos, pesca e aquicultura”, ressaltou o diretor interino do Inpoh, Segen Estefen.

Centros

O Inpoh deve contar com pelo menos quatro centros de pesquisa, sendo dois deles focados em pesquisa oceanográfica – um no Nordeste e um no Sul do país –, um terceiro de pesca e aquicultura e outro na área de portos e hidrovias. “Esses quatro centros, que vão estar no litoral brasileiro, vão ter as suas especialidades e interagir com a administração central do instituto, com sede em Brasília”, explicou o diretor.

A principal ferramenta de estudo será um navio oceanográfico que está em construção na China e deve ficar pronto em novembro do ano que vem. “Um dos objetivos do Inpoh é prover infraestrutura de pesquisa para as diversas atividades que nós temos no mar em pesquisa, desenvolvimento e inovação”, acrescentou Estefen.

Segundo o diretor, o processo de constituição do instituto passa ainda pelo trâmite para a sua qualificação como organização social, o que depende da aprovação dos ministérios envolvidos e do posterior decreto da Presidência da República.

 Fonte:
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação



31/10/2013 07:46


Artigos Relacionados


Comissão de reforma do CPC realiza primeira reunião

CPI da Pedofilia realiza primeira reunião de 2009

CPI da Segurança Pública realiza primeira reunião

CPI do Leite realiza hoje sua primeira reunião

CPI do Leite realiza hoje sua primeira reunião

Subcomissão realiza sua primeira reunião no interior