NetSaber - Banco de Notícias

Intercâmbio entre SP e EUA promove melhorias na educação pública

Professores paulistas encontraram-se com diretores norte-americanos para troca de idéias

Professores paulistas e diretores de escolas norte-americanas descobriram no intercâmbio a fórmula para aprimorar conhecimentos e melhorar a educação. Com esse objetivo, 200 professores de escolas estaduais da capital se reuniram, durante uma semana, com dois diretores de escolas dos Estados Unidos.

O encontro é resultado de parceria entre a Secretaria de Estado da Educação e o governo norte-americano, por intermédio da embaixada no Brasil, com a participação do Conselho Nacional de Educação (Consed).

O evento foi realizado no Centro de Capacitação de Educadores Professor André Franco Montoro, em São Paulo, e incluiu a apresentação sobre a educação no Estado de São Paulo, debates com os diretores e supervisores das instituições de ensino participantes, visitas ao Conselho Regional de Ensino, à Coordenadoria de Ensino de Normas Pedagógicas, às escolas das regiões sul e leste da capital, além de um seminário regional, para socialização de experiências entre os participantes.“É muito importante que o professor se atualize. Os alunos são os grandes beneficiados nesse processo, pois professor bem informado é aluno bem informado”, afirma Célia Maria Motim, coordenadora do projeto na Secretaria da Educação. Segundo ela, os educadores americanos não só conheceram o modelo de ensino paulista como tiveram a oportunidade de apresentar o resultado de seus trabalhos aos nossos professores.

Acompanhados por diretores brasileiros, pelo coordenador estadual do programa, um tradutor e quatro supervisores de ensino, os gestores norte-americanos visitaram o Centro de Referência em Educação Mario Covas, local que reúne extenso acervo educacional destinado às consultas e às pesquisas físicas e virtuais.

Criatividade

De acordo com Maria Angélica Tortora Herrero, supervisora de ensino da Diretoria de Ensino Leste 5, o ponto alto do encontro foi a visita às escolas: uma na Vila Aricanduva, outra no Parque São Lucas e a terceira na Vila Formosa, além de mais cinco na zona sul. “Temos muito a mostrar, principalmente os projetos desenvolvidos pelas escolas, com a participação da comunidade e o comprometimento dos alunos”.

James Egan, administrador escolar e vice-diretor para atividades curriculares e extracurriculares da Southwestern Wisconsin School District, disse que em seu país as escolas funcionam em tempo integral, com número reduzido de alunos por classe. E, ao contrário de projetos, a ênfase nas escolas dos EUA é dada às oficinas e às atividades esportivas após o horário de aulas propriamente. No Brasil, o que mais chamou a sua atenção foi a criatividade dos alunos. “Temos tantos recursos lá e vocês aqui, com tão pouco, fazem tanto”. Sam Adamo, diretor de Planejamento da Loundon Country Publica Schools, de Ashburn, Virgínia, diz que a troca de informação é rica e surpreendente. “Gostei muito, vi as diferenças nas escolas, o esforço de cada um, sempre acompanhado de energia e calor humano. O comprometimento com a escola é um grande aliado deles”.

Troca de experiências

O Programa de Intercâmbio existe desde 1998. Dele faz parte o Prêmio Nacional de Referências em Gestão Escolar, que leva os vencedores para os EUA. O objetivo é que possam adquirir visão mais aprofundada do sistema educacional norte-americano, conhecer as inovações na área administrativa, estabelecer contatos, termos de colaboração e laços de amizade entre as escolas daqui e de lá.

O encontro não se restringiu a São Paulo. Na verdade, são oito diretores dos EUA, divididos em quatro duplas. Cada uma percorreu dois Estados. Neste mês, uma dupla visitou escolas do Ceará e do Rio Grande do Norte; a outra, do Piauí e do Maranhão; a terceira, da Paraíba e do Tocantins; e a quarta, São Paulo e Rio Grande do Sul.

Maria das Graças Leocadio

Da Agência Imprensa Oficial

(I.P.)

Artigos Relacionados