Ipem analisa material de construção no Estado



Empresas com irregularidades serão autuadas e deverão retirar os produtos de circulação

A  Operação  Castor  do  Instituto  de Pesos e Medidas do Estado de São  Paulo  (Ipem-SP), autarquia vinculada à Secretaria da Justiça e da Defesa  da Cidadania, realizou análises quantitativas em 79 lotes de materiais de construção  recolhidos  em  estabelecimentos  das áreas cobertas por oito laboratórios  do  Ipem  no  Estado.

Desse total, 26 apresentavam menos quantidade do que o indicado (33%). O  laboratório analisou 12 marcas de tintas e três foram  reprovadas. A maior  irregularidade apareceu em 14 amostras analisadas  da  tinta  acrílica  Home  New, da empresa  3RM Indústria de Tintas e Vernizes Ltda. A lata estava com 98 ml a menos (-2,72%).

Em duas outras marcas (C & C Casa Nova e Prolar), também havia menos quantidade de tinta: 182 ml e 91 ml, respectivamente.

Reprovações no interior

O instituto analisou materiais  de  construção  foram no  interior de São Paulo.  O laboratório de Presidente Prudente apresentou as maiores  irregularidades. O Ipem constatou erros nas medidas de materiais de cerâmica em seis lotes.

O  mais grave foi encontrado na canaleta Cristo Rei, fabricada pela microempresa Fernando Amador, cuja medida era de 11,5 cm de largura x 19 cmde altura e  24  cm  de comprimento, ou seja, 7,7 cm maior do que a largura e 5 cmmenor que o comprimento declarados.

O  laboratório  de Ribeirão Preto também analisou oito tipos de elementos cerâmicos, cimentos  e  argamassas e encontrou erros no bloco cerâmica correa, da empresa Osvaldo Cirilo Correa & Cia Ltda. O bloco, que media 11,5 cm de largura x 14 de altura e 24 de comprimento, estava 0,4 cm  menor  na altura.

O bloco cerâmico triângulo da empresa Cerâmica Triângulo Ltda (9x19x19 cm) apresentou 0,5 cm a menos no comprimento.

O laboratório do Ipem de Bauru verificou erros em 14  amostras da argamassa aditivada ( 20 kg) da empresa ATF  Materiais  de  Construção Ltda: 360 gr abaixo do declarado. A tinta em pó Argamack (5 kg), da empresa Argamack  Argamassa, apresentou 28 gabaixo do declarado

Em Campinas, os fiscais verificaram 12 lotes de materiais e anotaram inconsistências em  embalagens  de  cal,  argamassa, cimento e mineral filito. A maior delas foi registrada em uma embalagem do mineral filito cinza Boa Liga, da empresa Igarafilito Indústria e Comércio Ltda: 2,6 kg a menos.O  Ipem de São Carlos analisou nove produtos e encontrou erros em embalagens de cal para pintura Caltex da empresa  SP-Beton: menos 567 gr em uma das embalagens.  

Apenas os laboratórios de São  José  dos  Campos  e  de São José do Rio Preto aprovaram os 18 produtos analisados: argamassa para assentamento, rejuntas e espaçadores.

Multa

As empresas que cometeram irregularidades serão autuadas e deverão retirar os produtos de circulação.  Há  um  prazo dez dias para apresentar a defesa ao Ipem. Após esse período, haverá uma análise jurídica e administrativa para aplicação de multa, que varia de R$ 100 aR$ 50 mil, e o valor dobra em caso de reincidência.

Do Ipem



02/28/2008


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