Japão e Brasil trocam experiências em desastres naturais



Especialistas e técnicos em Defesa Civil do Japão e do Brasil estão reunidos desde a última sexta-feira (7), para o 2º Seminário Bousai, quando foi apresentado a gestores do governo federal, as experiências do país asiático  em prevenção e mitigação de efeitos de desastres naturais. Nesta segunda-feira (10), a reunião continua em Brasília e, na terça-feira (11), em Cachoeira Paulista (SP).

A atividade integra o acordo de cooperação técnica assinado em 2013 com o governo japonês, por meio da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA, na sigla em inglês). O primeiro seminário foi realizado no ano passado, em Cachoeira Paulista (SP). As ações são desenvolvidas em conjunto com os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Integração Nacional (MI), Minas e Energia (MME), além de estados e municípios.

De acordo com o diretor da secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Seped/MCTI), Osvaldo Moraes, o país asiático possui modelos “extremamente desenvolvidos” nesta área. “Eles têm um grande mapeamento de áreas passíveis a desastres, muito mais avançados do que nós, e essa experiência é importante para o Brasil aprofundar o seu conhecimento de gerenciamento de riscos”, afirmou.

A experiência japonesa também irá contribuir para que o governo brasileiro aperfeiçoe as ações de prevenção e combate a desastres ambientais. “O importante é que essa expertise possa ser agregada ao esforço que os especialistas brasileiros – pesquisadores, cientistas, tecnologistas, engenheiros, hidrólogos e meteorologistas – estão fazendo para melhorar nossa capacidade de prevenção e resposta”.

Aplicabilidade

Para o analista de pesquisa em geociência do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI), Paulo Jorge Leal, é importante que esse intercâmbio de experiências resulte em metodologias a serem aplicadas no território brasileiro. “Um dos objetivos dessa cooperação é tentar produzir um manual sobre como podemos melhorar e aperfeiçoar o monitoramento e o alerta voltado para os deslizamentos, para ser aplicado em todo o Brasil.”

A experiência japonesa

No primeiro dia do seminário nesta sexta-feira (7), especialistas asiáticos apresentaram a tipologia dos fenômenos relacionados a desastres de sedimentos, que ocorrem por grandes chuvas ou terremotos. Também foram apontadas os principais pontos que devem ser considerados na delimitação das áreas de alerta de desastres.

Na ocasião, foi mencionado o histórico de atuação do Japão na prevenção de ocorrências de desastres de sedimentos, em seguida apresentado um planejamento urbano com o foco nas leis japonesas que regulamentam a criação de conjuntos habitacionais.

Fonte:
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação



10/02/2014 11:25


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