Jardim Botânico do RJ comemora recuperação de áreas



Desde 2009, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro vem trabalhando na recuperação de áreas que estavam degradadas tanto dentro do arboreto quanto no Horto. Agora é possível ver com clareza as mudanças que esse esforço está trazendo para o ambiente. Em locais antes tomados por espécies invasoras exóticas já verdejam pequenos bosques de espécies nativas da Mata Atlântica.

Encosta

Uma dessas iniciativas foi a restauração da área de encosta que fica entre a nova Coleção de Rupícolas e os mirantes inaugurados em 2014. Na primeira fase do manejo feito na área, em 2011, foram retiradas as espécies invasoras, em sua maior parte Capim-colonião e Cará-bravo, que sufocam a vegetação nativa e a levam à morte. O avanço dessas invasoras era uma ameaça reincidente às plantas cultivadas no Jardim Botânico.

Efetuada a limpeza pela equipe técnica do JBRJ, a coordenação de Coleções Vivas selecionou 420 mudas de espécies da Mata Atlântica, que foram plantadas no local. Elas recebem manutenção periódica e hoje exercem importante função de “tamponamento biológico” do arboreto. A invasão de Capim-colonião e Cará-bravo não ocorre mais.

Mata Ciliar

Outra iniciativa, de maior envergadura, é a recuperação da mata ciliar do Rio dos Macacos, iniciada em 2009. O projeto “Ações para Restauração Ecológica das Margens do Rio dos Macacos” é desenvolvido conjuntamente por duas diretorias do JBRJ: a Diretoria de Ambiente e Tecnologia (Diat) e a Diretoria de Pesquisa Científica (Dipeq), e conta com a parceria da Embrapa Solos.

As ações se desenvolvem em seis subprojetos, abrangendo a restauração da mata na margem esquerda do rio e a conservação da biodiversidade do entorno. A iniciativa envolve também a comunidade local e a formação de 48 jovens do projeto socioambiental do JBRJ – o Pró-Florescer – como jardineiros, além de contar com alunos bolsistas do programa de Iniciação Científica (PIBIC) CNPq/JBRJ.

Amostras do solo foram levadas para análise pela Embrapa e estão em curso pesquisas tanto sobre a composição do remanescente de Mata Atlântica no entorno quanto sobre as estratégias – em termos de espécies, modos de plantio e tipos de manejo – mais adequadas para a recuperação da mata ciliar.

Nos slides 20 a 23 da Apresentação preparada pela pesquisadora Tania Sampaio (JBRJ), coordenadora do projeto, é possível ver como, em pouco tempo, as mudas se desenvolveram e muitas já se tornaram árvores que ajudam a evitar a erosão da margem do rio. E a área antes degradada agora está plena de vida e beleza.

Fonte:
Jardim Botânico do Rio de Janeiro



01/03/2014 16:27


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